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PIB vem acima das expectativas – 03/12

PIB vem acima das expectativas

Às 9 horas desta terça-feira (03), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um crescimento de 0,6 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. A cifra ficou no teto da banda dos prognósticos, que eram variados e oscilavam entre 0,2 por cento e 0,9 por cento. O resultado superou o crescimento de 0,4 por cento registrado no segundo trimestre, embora tenha ficado abaixo dos 0,8 por cento do terceiro trimestre de 2018. Em 12 meses, o PIB avançou 1,2 por cento.

Um crescimento de 0,6 por cento é bom ou ruim? Tomado isoladamente, é um resultado fraco, apesar de estar no topo das expectativas. Considerando-se o conjunto das últimas observações, é um número animador. Mostra que a economia está indo para a frente, mesmo que o ritmo seja lento. O PIB é o mais importante dos indicadores. Mas não é o único a mostrar que, aos poucos, a economia brasileira está se reencontrando com o crescimento. E, mais importante, os dados preliminares para o quarto trimestre deste ano mostram que este movimento tende a continuar.

Vamos aos diversos números publicados na segunda-feira (2). A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou o Índice de Confiança Empresarial (ICE) de novembro em relação a outubro. O indicador cresceu um ponto, de 94,4 pontos para 95,4 pontos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a pesquisa Indicadores Industriais, mostrando que o faturamento do setor subiu 1,3 por cento em outubro em relação a setembro. Após os ajustes sazonais, foi o quinto aumento mensal consecutivo.

Outro indicador industrial também foi positivo. O Índice de Gerentes de Compras da indústria (Purchasing Managers Index, ou PMI, na sigla em inglês), calculado pela consultoria IHS Markit subiu para 52,9 pontos em novembro ante 52,2 pontos em outubro, a segunda maior expansão em nove meses. Mais importante que o número em si – cujo crescimento foi modesto – foi a causa. O indicador avançou devido à expansão da indústria doméstica, que elevou a demanda por insumos e serviços.

Esses foram os indicadores mais recentes. Porém, nos últimos dias, mais números têm confirmado uma retomada dos negócios. Na sexta-feira (29), o IBGE divulgou que o desemprego caiu para 11,6 por cento nos três meses findos em outubro, ante 11,8 por cento no período entre maio e julho. O patamar dos desempregados ainda permanece elevado, com 12,4 milhões de pessoas, mas foi a primeira série do indicador. O número também está levemente abaixo dos 11,7 por cento do trimestre findo em outubro de 2018. A população ocupada cresceu 470 mil pessoas, indo para 94,1 milhões de brasileiros, avanço de 0,5 por cento ante o trimestre anterior. Frente ao mesmo período de 2018, a população ocupada expandiu-se em 1,4 milhão de pessoas. E, ainda segundo o IBGE, a massa salarial real avançou 2,6 por cento nos três meses terminados em outubro em relação a igual período de 2018.

MUNDO – A tensão voltou a predominar nos mercados, tendo como protagonista Trump. Após um tweet dizendo que vai impor sobretaxas ao aço e alumínio argentinos e brasileiros (nem fez cócegas ao bom humor local), chegou a vez da França. Paris resolveu taxar produtos tecnológicos, e agora os Estados Unidos estudam impostos sobre 2,4 bilhões de dólares em produtos franceses. Ademais, Trump afirmou que é melhor aguardar as eleições americanas antes de fazer um acordo com os chineses. Enquanto isso, os próprios chineses já desejam algum tipo de acordo por agora, mas que também estão avaliando uma forma de sanção ao apoio que o país fez a Hong Kong. Parece que Trump voltou com tudo e está disposto a começar uma nova onda de taxas e retaliações.

E Eu Com Isso?

Em si e isoladamente, os números são pequenos. Porém, em conjunto e considerando sua tendência, todos os indicadores confirmam que a economia brasileira está retomando seu passo. E é uma retomada de qualidade, pois não vem sendo estimulada por uma expansão internacional acelerada ou por alguma intervenção do setor público, elevando os gastos. Mantido esse cenário, será possível à economia reencontrar-se com o crescimento atraentes.

Leia também: De olho no futuro fiscal do Brasil

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