A Minerva (BEEF3) divulgou na terça-feira (28), após o fechamento do pregão, seus números referentes ao primeiro trimestre de 2020. O resultado foi bom e veio acima das expectativas em várias linhas, com destaque para o maior Ebitda já registrado pela companhia no primeiro trimestre.
Este foi o nono trimestre consecutivo com geração positiva de caixa livre, que atingiu 906,4 milhões de reais no período. Na última linha, a Minerva saiu de um prejuízo de 31,4 milhões para lucro líquido 290,1 milhões de reais.
As exportações responderam por 68 por cento da receita bruta no trimestre. A empresa se manteve como a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, com 20 por cento de participação de mercado.
Esperamos impacto positivo no preço das ações da Minerva (BEEF3) no curto prazo, pois a empresa apresentou sólido resultado operacional, beneficiada pelo bom desempenho das exportações, especialmente para a China, e câmbio favorável.
A Ásia foi responsável por 42 por cento das exportações da Divisão Brasil nos últimos 12 meses, 16 pontos percentuais acima da participação registrada no mesmo período de 2019. A alta é explicada pela forte demanda especialmente da China, correspondendo a 31 por cento das exportações totais da divisão e destacando-se como o principal destino das exportações.
A China respondeu por 30 por cento das exportações consolidadas do trimestre (Brasil e América do Sul).
A receita líquida alcançou 4,2 bilhões no trimestre, expansão de 12 por cento na comparação anual.
O Ebitda atingiu 381,5 milhões de reais, forte expansão de 16 por cento na base anual. A margem Ebitda foi de 9,2 por cento no trimestre contra 8,8 por cento no mesmo período do ano passado.
A dívida líquida no fim de março era de 5,4 bilhões de reais e a alavancagem financeira, medida através do múltiplo Dívida Líquida/Ebitda dos últimos 12 meses, ficou em 3,0 vezes (3,8 vezes no primeiro trimestre de 2019).
Em resumo, os principais catalisadores para o desempenho das ações são: aumento da demanda por proteína animal nos mercados asiáticos e redução de sua alavancagem financeira.
Para os próximos trimestres, a forte demanda internacional por proteína animal tendem a beneficiar diretamente as empresas da América do Sul, consolidando a região como o grande fornecedor de carne bovina para o mundo.