Na terça-feira (21), foi realizado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e pelo MME (Ministério de Minas e Energia) o primeiro leilão de reserva de capacidade de energia do país. Com objetivo de garantir energia ao SIN (Sistema Interligado Nacional) por meio da contratação de potência elétrica, o governo contratou cerca de 4,6 GW de potência ao preço médio de R$ 824,5 mil por MW ano – um deságio equivalente a 15,34%.
Com foco em empreendimentos termelétricos, o leilão somou investimentos na ordem de R$ 5,98 bilhões e receita fixa de R$ 3,4 bilhões por ano. Ao todo, foram contratados 17 empreendimentos com potência nominal de 5,125 GW. Destas usinas, nove são movidas a gás natural, cinco a óleo combustível, duas a óleo diesel e uma a bagaço de cana-de-açúcar. O início de suprimento de potência é previsto para a partir de 2026 e o de energia a partir de 2027, com duração de 15 anos.
No que se refere às térmicas vencedoras do certame, estas pertencem à Global Participações, Delta Geração, Geramar, LGSA, Paranaíba, Petrobras, Portocem, Termopernambuco, Tevisa, Trombudo e UTLP. Como destaques, apontamos o investimento da Portocem, o maior de todos, com previsão de R$ 4,2 bilhões em uma nova usina de gás natural.
Além disso, destacamos também a estação de energia verde a ser criada pela UTLP, com investimentos de R$ 502 milhões. Em relação a Petrobras, esta disponibilizará energia de reserva das subestações Betim (MG) e São José (RJ).
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para o sistema elétrico nacional. Em resumo, esta capacidade contratada funciona como uma reserva para o sistema para ser acionada conforme a necessidade. Assim, em momentos de escassez hídrica, cujo cenário foi recentemente enfrentado pelo país, o governo poderia contar com essa reserva já adquirida, abrandando riscos de racionamento.
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