Após o pedido de demissão, na última sexta-feira (15), de Nelson Teich do Ministério da Saúde, o governo não pretende correr com a nomeação de outro nome para a pasta. O terceiro ministro da Saúde pode não ser nomeado nesta semana, ficando apenas para a semana seguinte – já que Bolsonaro vem resistindo às pressões por uma indicação mais urgente.
Nesse contexto, o ministro interino, general Eduardo Pazuello, ficará ao menos nos próximos dias no comando da Saúde. Inclusive, ele que deverá assinar o novo protocolo sobre o uso da cloroquina, a fim de expandir seu uso até para pacientes com sintomas leves.
Nos bastidores de Brasília, existe certa relutância em nomear algum nome que não seja médico para a posição, ao mesmo tempo em que se busca alguém totalmente alinhado com o presidente, principalmente no que se refere à cloroquina. Existem conversas sobre possíveis repercussões negativas caso algum militar, ou mesmo o ministro Osmar Terra, assuma a pasta. Ainda, a avaliação é que o terceiro ministro não poderá, de jeito nenhum, balançar no cargo. Por isso, o Planalto estuda com cautela a próxima nomeação.
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