O Facebook está lidando há meses com uma possível interrupção na transferência de dados dos seus usuários na Europa para os Estados Unidos. A decisão preliminar do caso saiu em setembro do ano passado e na semana passada, o Supremo Tribunal da Irlanda rejeitou uma contestação do Facebook sobre a investigação regulatória, que pode levar à proibição do fluxo de informações de usuários da União Europeia para os Estados Unidos.
A forma como o Facebook transfere dados da UE para a América está mais uma vez sob ameaça. Nesta quinta-feira (20), o Supremo Tribunal irlandês realizará uma breve audiência, onde se espera o levantamento da suspensão da ordem da Comissão de Proteção de Dados da Irlanda a respeito da sua investigação sobre o fluxo de dados fluxos de dados União Europeia – Estados Unidos do Facebook.
O Facebook afirmou que segue os padrões e as leis de proteção de dados internacionais. No seu último relatório de resultados, afirmou-se que estavam sendo “monitoradas de perto o impacto potencial nas nossas operações europeias à medida em que estas questões evoluem”.
A companhia fechou o último trimestre com 2,85 bilhões de usuários mensais ativos (MAUs). Acredita-se que a região da Europa corresponda a 400 milhões de usuários de tal base (14 por cento do total, aproximadamente).
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Acreditamos que este fator de risco já está refletido nos preços das ações FB. Contudo, as próximas sessões podem ser voláteis para a ação. Uma vez confirmada de forma definitiva a decisão, as ações devem recuar, visto que o impedimento na transferência de dados a obrigará a assumir novos investimentos na região europeia, desacelerando a sua expansão de margem operacional recente.
A companhia também tem lidado com a obrigatoriedade impostas por alguns países de excluir das suas redes sociais algumas postagens classificadas como “Fake News”, principalmente envolvendo o assunto coronavírus/Covid-19.
Este é mais um capítulo na novela das empresas gigantes de tecnologia contra órgãos reguladores. As decisões recentes sugerem alguns desafios à frente na condução das suas operações internacionais. Além do Facebook e Google, as demais companhias também já experimentaram a “mão pesada” dos órgãos reguladores internacionais, em especial na Europa.
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