A construtora Eztec (EZTC3) divulgou nesta quinta-feira (15), após o fechamento do mercado, seus resultados operacionais preliminares e não auditados relativos ao segundo trimestre de 2021.
Estes vieram mistos, com forte número de lançamentos, porém com vendas mais fracas.
A Eztec reportou vendas líquidas de R$ 284,7 milhões no 2T21, equivalente a uma alta de 20,7% em relação ao desempenho do 1T21 e mais do que o dobro na comparação com igual período de 2020.
A construtora apresentou um salto nos lançamentos, assim como outras construtoras que já divulgaram suas prévias operacionais e atingiu R$ 928 milhões em lançamentos no segundo trimestre, ante R$ 28 milhões no 1T21.
A companhia não teve lançamentos no 2T20. O total lançado corresponde a 2 empreendimentos de alto padrão.
A empresa apresentou R$ 39 milhões em distratos, sendo que 40% dos distratos referem-se a downgrades, upgrades ou transferências, segundo divulgação da Eztec.
E Eu Com Isso?
A construtora, com foco na atuação nas rendas média e alta, adiou para o segundo semestre de 2022 os projetos do programa habitacional que apresentaria neste semestre para ver se existe possibilidade de aumento no limite de preços no Casa Verde e Amarela, segundo a empresa.
O resultado operacional da Eztec foi bom em termos de lançamento e, para este ano, a incorporadora manteve a meta de lançamento de R$ 2,8 a R$ 3,3 bilhões.
Após um período de instabilidade em 2020, decorrente da pandemia da Covid-19, a companhia conseguiu realizar seus lançamentos, avançando em seu planejamento estratégico.
Além disso, os plantões de vendas retornaram às atividades presenciais desde o dia 18 de abril, fator que viabiliza a retomada de lançamentos.
Apesar de lançamentos mais fortes, suas vendas, no entanto, vieram mais fracas, frustrando investidores.
Dessa forma, esperamos uma reação neutra das ações da companhia (EZTC3) para o resultado reportado.
Entretanto, vale ressaltar que as projeções de continuidade da elevação da taxa de juros nos próximos meses impactam negativamente o setor, pois encarecem e limitam o acesso ao crédito imobiliário para a aquisição de imóveis não subsidiados.
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