No dia primeiro de junho, a Eve Urban Air Mobility, empresa independente criada pela Embraer (EMBR3) com foco em mobilidade urbana, anunciou parceria com a Halo, empresa líder em operações de táxi aéreo de helicóptero nos EUA e no Reino Unido, para o desenvolvimento de produtos e serviços de mobilidade aérea urbana nos países citados.
Junto ao anúncio, a companhia também comunicou a encomenda de 200 unidades – um dos maiores pedidos da indústria – do veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (eVTOL) para a parceria.
O modelo está em desenvolvimento há cerca de quatro anos e suas entregas estão previstas para começarem em 2026. Segundo pesquisas, a expectativa é que este mercado chegue a 160 mil unidades em 2050, apresentando um ritmo maior do que o normalmente visto na aviação.
O plano inclui produzir a aeronave em uma das fábricas brasileiras da Embraer, porém ainda não há decisão final sobre a unidade que vai sediar a montagem do veículo. Por razões estratégicas, não foram divulgados a cadência e o valor do contrato.
Em termos de custo, o eVTOL corresponde a dois terços do custo de um helicóptero equiparável, como um bi turbina que faz táxi aéreo em Nova York. Além disso, há uma considerável redução de custos de manutenção do modelo quando comparado a um helicóptero tradicional.
Apesar da primeira grande entrega da companhia nesse âmbito ser direcionada ao mercado internacional, a Embraer também tem no radar uma startup de mobilidade aérea para o Brasil.
Em declarações recentes, o presidente da empresa, André Stein, afirmou que a companhia deve anunciar novidades em breve sobre esse tipo de modelo.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para a Embraer. A companhia criou a Eve UAM com o objetivo de acelerar o desenvolvimento da mobilidade aérea urbana em todo o mundo e, nesse sentido, a parceria com a Halo é vantajosa pelo volume e abrangência de território de atuação.
Dessa forma, esperamos um impacto positivo no preço das ações da companhia (EMBR3), mesmo após as ações da Embraer se destacarem no pregão de ontem, com valorização de 4,05 por cento.
De fato, a parceria entre as companhias será um marco na contribuição do desenvolvimento do mercado de operações de mobilidade aérea urbana (em inglês, Urban Air Mobility, ou UAM), com estas sendo pioneiras neste trabalho.
A parceria ainda terá colaboração com o programa de “innovation sandbox”, da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido.
O novo tipo de mobilidade urbana a ser desenvolvido tem expectativas claras de quebrar os paradigmas da indústria, e a Embraer encontra-se bem-posicionada para se beneficiar desse movimento de inovação do mercado.
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