Na quinta-feira (14), foi realizado o leilão de venda da Celg-T, braço de transmissão de energia da companhia goiana Celg, no qual a EDP Brasil (ENBR3) sagrou-se vencedora.
Desbancando o valor oferecido pelas suas concorrentes no certame, com estas sendo a Cymi Construções, MEZ Energia e Isa Cteep, a EDP realizou um agressivo lance de R$ 1,977 bilhão pelo ativo, cujo valor representou um ágio de 80,10% ante o preço mínimo.
Com o arremate, a companhia soma ao seu portfólio cerca de 755 quilômetros de extensão total de linhas de transmissão (maior parte em Goiás) e 14 subestações próprias, que representam uma receita anual permitida (RAP) de aproximadamente R$ 216,4 milhões.
O valor a ser incorporado é substancial em comparação a atual operação da EDP, que, atualmente, conta com 1.924 quilômetros de linhas e RAP de R$ 648,6 milhões (considerando o ciclo 2020-2021).
No tocante aos recursos levantados pelo governo de Goiás com a licitação, estes devem ser destinados ao pagamento de passivos do estado, sendo esta uma das medidas consideradas necessárias pelo governo para auxiliar na saúde financeira do mesmo.
E Eu Com Isso?
Como esperado, a licitação da Celg-T foi competitiva e trouxe a participação de grandes nomes da indústria de energia e infraestrutura.
Apesar da EDP ter vencido o certame, o alto valor ofertado pela mesma traz dúvidas sobre a viabilidade e rentabilização da transmissora adquirida, de modo que esperamos um impacto negativo no preço das ações da companhia (ENBR3) para o curto prazo, mesmo com o posicionamento estratégico do ativo.
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