A Petrobras (PETR4) comunicou ao mercado que não irá atender a todos os pedidos de entrega de combustíveis no mês de dezembro, assim como ocorreu em novembro.
Dessa forma, as distribuidoras de combustíveis correm o risco de não ter combustível suficiente para abastecer a demanda, causando a falta dos produtos nos postos de combustíveis.
Segundo a Petrobras, os pedidos têm sido maiores do que o normal, o que explica a limitação das entregas. Para as distribuidoras, como Vibra (VBBR3), Raízen (RAIZ4) e Ultra (UGPA3), a saída para atender a demanda é a importação dos produtos do exterior.
Porém, como a Petrobras não reajusta os preços há um mês, estima-se que a estatal venha praticando preços abaixo do mercado internacional.
Dessa forma, os combustíveis importados pelas companhias privadas não teriam condições de competir com os preços da estatal.
Lembrando que o Brasil não é autossuficiente no refino de petróleo, devendo importar a diferença entre a produção e a demanda.
No caso do diesel, entre 20% e 25% do mercado é atendido por importações, portanto, uma política de preços que não siga o mercado internacional pode acarretar em falta de combustíveis aos consumidores.
Ainda foi anunciada nesta semana a liberação de reservas estratégicas de petróleo pelos Estados Unidos em conjunto com outros países, visando reduzir o preço da gasolina e, consequentemente, a inflação.
Porém, o petróleo do tipo Brent fechou a terça-feira (23) em alta de 3,27%, aumentando a pressão sobre os combustíveis.
Também na noite de terça-feira, a Vibra anunciou a concretização do acordo de renegociação de dívida com a CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá), encerrando o litígio fiscal da companhia com o Estado do Amapá, gerando um impacto positivo no resultado em torno de R$ 353 milhões.
E Eu Com Isso?
A notícia é negativa para as distribuidoras de combustíveis (VBBR3, RAIZ4, UGPA3), pois a obrigação de importar produtos mais caros passa a ser das empresas privadas, que devem repassar o preço aos consumidores.
Esperamos um impacto marginalmente negativo nas ações das companhias no curto prazo. No caso da Vibra, a notícia do acordo com a CEA pode compensar.
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