Gráfico em queda

Desemprego americano diminui

Os indicadores de desemprego americano divulgados na quinta-feira (04) surpreenderam positivamente os investidores. Segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego na semana encerrada em 30 de janeiro foi de 779 mil, bastante abaixo das projeções, que eram de 830 mil. A taxa de desemprego encerrou janeiro a 3,2 por cento, uma queda de 0,2 ponto percentual em relação à semana anterior.

Não é o único indicador importante. Ainda na manhã desta sexta-feira deve ser divulgado o nível de emprego não-agrícola (“non-farm payroll”) de janeiro. Em dezembro, o número de vagas encolheu 140 mil, um número bem distante do consenso dos investidores, que era de abertura de 50 mil postos de trabalho. Para janeiro, o prognóstico é de abertura de 100 mil vagas, indicando o aquecimento da economia. Se os dados confirmarem (ou superarem) essa projeção, será um bom indicador que a economia americana está em uma trajetória consistente de recuperação.

As expectativas são positivas. As companhias abertas dos Estados Unidos estão divulgando bons resultados referentes a 2020. Isso permite prever uma expansão dos negócios para este ano. Além disso, o nível de emprego é a variável de resposta mais lenta – mas também mais segura – às oscilações da atividade econômica. Um aumento consistente na criação de vagas permite concluir que o avanço da vacinação nos Estados Unidos já está encaminhando a economia para uma volta à normalidade, o que poderá destravar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano ainda neste semestre.

A situação do emprego no Brasil está menos definida que nos Estados Unidos. A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou na manhã desta sexta-feira (05) que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 3,8 pontos em janeiro, para 98,8 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. A média móvel para o período de três meses encerrado em janeiro subiu 0,8 ponto para 100,3 pontos, o maior nível desde os 101,3 pontos de março de 2017, informou a FGV. No entanto, diferentemente dos Estados Unidos, a recuperação pode ter vida mais curta. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que indica os prognósticos, caiu 2,2 pontos em janeiro, para 83,5 pontos. A média móvel do IAEmp para o período de três meses encerrado em janeiro caiu 0,5 ponto para 84,5 pontos, interrompendo a tendência de alta iniciada em julho de 2020.

Indicadores 

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,91 por cento em janeiro, acima dos 0,76 por cento de dezembro, informou a FGV. Em 12 meses o índice acumula alta de 26,55 por cento. Para comparar, em janeiro de 2020, o IGP-DI havia variado 0,09 por cento e acumulava elevação de 7,72 por cento em 12 meses. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 3,92 por cento em janeiro, ante 0,68 por cento em dezembro. A causa principal foi o aumento de 7,29 por cento nos preços das matérias-primas brutas, ante uma queda de 0,81 por cento em dezembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,27 por cento em janeiro, após variar 1,07 por cento em dezembro. E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,89 por cento em janeiro, ante 0,70 por cento no mês anterior.

E Eu Com Isso?

Os sinais positivos do mercado de trabalho americano e a perspectiva de aproximação do pacote trilionário de ajuda à economia dos Estados Unidos estão sustentando leves altas nos contratos futuros de Ibovespa e do índice S&P 500 na manhã desta sexta-feira.

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Leia também: Bons números de 2020.

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