Segundo informações veiculadas na imprensa, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) está encontrando barreiras para a aprovação da fusão entre as locadoras de veículos Localiza e Unidas, aumentando as chances de impugnação da fusão.
Em maio, a Superintendência-Geral do Cade chegou a divulgar uma declaração a respeito da proposta. Segundo a SG (Superintendência-Geral), a operação havia sido definida como complexa, visto que avaliações preliminares haviam levantado algumas preocupações a respeito da alta concentração que a fusão geraria no mercado de aluguel de veículos.
A declaração de complexidade autorizou a extensão da análise da operação de 240 para até 330 dias, com data de expiração para o dia 3 de janeiro de 2022.
Havia até pouco tempo uma maior probabilidade de aprovação, visto que se trata de um mercado sem grandes barreiras de entrada.
Porém, ao analisar acordos de exclusividade fechados com outras empresas do setor, o Cade enxergou sérios riscos à competitividade.
Ademais, um ponto que preocupa muito o Cade é um contrato entre a Unidas e a empresa americana Vanguard Car Rental, dona de grandes marcas como Alamo, Enterprise e National.
O acordo assegura a não atuação dessas empresas no mercado brasileiro, que após a aprovação se concentraria entre a Localiza/Unidas e a Movida.
A equipe técnica do Cade, porém, parece não encontrar saídas que permitam a aprovação do negócio.
E eu com isso?
A notícia é negativa para as ações da Localiza (RENT3) e da Unidas (LCAM3), visto que gera incertezas a respeito da aprovação da fusão das locadoras.
Imediatamente após a divulgação da notícia, as ações da Localiza e da Unidas chegaram a cair mais de 5%, nas mínimas do dia.
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