A SG (Superintendência-Geral) do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), emitiu parecer na noite desta segunda-feira (06) recomendando remédios concorrenciais para a aprovação da fusão entre Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3).
Segundo estudos do Cade, foi verificado que, entre os segmentos menos afetados do ponto de vista concorrencial, estão os relacionados à venda de veículos usados e a GTF (Gestão e Terceirização de Frotas).
Porém, a grande preocupação da SG do Cade é o tamanho da concentração no mercado de locação de veículos (RAC), que seria de 70% após a fusão das duas locadoras, visto que a Localiza é líder do setor no Brasil.
Outro ponto que preocupa o Cade é um contrato entre a Unidas e a empresa americana Vanguard Car Rental, dona de grandes marcas como Alamo, Enterprise e National.
O acordo contém uma cláusula de não concorrência de longa duração em que a Vanguard se compromete a não atuar no Brasil por um período determinado após a aprovação, de forma que o setor se concentraria entre a Localiza/Unidas e a Movida.
Por conta disso, a SG do Cade entendeu que o ato de concentração não poderá ser aprovado da forma como foi apresentado, de forma que recomendou ao Tribunal do Cade, a quem compete a decisão final do processo, que a aprovação da fusão seja realizada mediante adoção de remédios estruturais, com a operação condicionada à celebração de ACC (Acordo em Controle de Concentração).
O Tribunal tem, agora, um prazo de 240 dias para decidir sobre a concentração da operação, podendo ainda ser prorrogado por mais 90 dias.
E Eu Com Isso?
No mês passado, foram veiculadas informações de que o Cade estava encontrando barreiras para a aprovação da fusão entre as locadoras.
A operação foi definida como complexa, visto que avaliações preliminares haviam levantado algumas preocupações a respeito da alta concentração que a fusão geraria no mercado de aluguel de veículos.
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