Na última sexta-feira, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), declarou que a operação envolvendo a compra dos ativos de telefonia móvel da Oi pelos 3 principais nomes no mercado, Vivo (VIVT3), TIM Brasil (TIMS3) e Claro é considerada complexa.
A declaração, apesar de não ter consequências diretas em um primeiro momento, indica que o órgão vai demorar ainda algum tempo para analisar as possíveis concentrações de mercado em cada região do país, o que deve atrasar o recebimento dos R$ 16,5 bilhões da transação para a Oi.
Apesar de que na época do leilão desses ativos não foi dado outro lance, empresas de menor porte do setor vem fazendo algumas reclamações contra o aumento da concentração de mercado no setor.
E Eu Com Isso?
A notícia é especialmente negativa para Oi (OIBR3/OIBR4), uma vez que o atraso na conclusão deste negócio atrapalha a companhia que tenta atingir o fim do seu processo de recuperação judicial o mais breve possível.
Além disso, o Cade pode impor algumas restrições no negócio, levando a Oi a não conseguir vender parte dos ativos e de sua base de clientes em um primeiro momento, dificultando ainda mais a conclusão da transação.
Com isso, esperamos impactos negativos no preço das ações da companhia (OIBR3/OIBR4) no curto-prazo
Apesar de entendermos que há de fato uma preocupação com a concentração de concorrência no setor, acreditamos que não há compradores para a totalidade dos ativos a não ser as outras três grandes operadoras.
Dessa forma, mesmo com interesses de pequenos provedores em barrar a negociação, acreditamos que eventualmente a transação será aprovada tanto pelo Cade, quanto pela Anatel, mesmo que com algumas restrições e ressalvas por parte dos órgãos reguladores.
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