Segundo notícias veiculadas na mídia, a Compass, holding de negócios de gás da Cosan (CSAN3), deve receber um aporte de R$ 1,44 bilhão liderado pelo Bradesco.
O banco investirá cerca de 800 milhões para deter 4% da companhia, enquanto o restante do montante será aportado pela Brasil Capital, Prisma Capital e Núcleo Capital.
A nova rodada de aportes se dará no mesmo valuation da última rodada ocorrida em maio, quando a Atmos Capital, uma das maiores gestoras de fundos de ações do mercado, investiu R$ 810 milhões na Compass, avaliando a empresa em cerca de R$ 16,5 bilhões.
A Compass é uma das maiores companhias do setor de gás natural, englobando operações de infraestrutura, distribuição e trading de energia.
Além disso, conta com a maior companhia de gás canalizado do Brasil em seu portfólio, a Comgás (CGAS5), empresa que atende mais de 2,1 milhões de clientes em sua área de concessão no estado de São Paulo.
E Eu Com Isso?
Após uma tentativa frustrada de IPO em 2020, a Cosan resolveu capitalizar a Compass através de investimentos privados, levantando R$ 2,25 bilhões ao mesmo tempo que ancora seu valuation para um possível IPO no futuro e mantém o controle da companhia com 88% de suas ações.
Com esse dinheiro, a empresa irá adquirir a Gaspetro, holding com participação em 19 distribuidoras de gás que exploram com exclusividade os serviços locais de rede de abastecimento em diversos estados brasileiros.
A Compass assinou contrato para a aquisição de 51% da Gaspetro por R$ 2,03 bilhões, operação que ainda depende do aval do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Com a aquisição, a Compass poderá implementar e replicar o modelo de excelência operacional da Comgás em outras geografias e aproveitar do excesso de oferta de gás natural, ainda podendo investir na modernização e expansão da malha de gasodutos nos territórios atuantes, visto que as controladas da Gaspetro nunca tiveram uma capacidade de investimento relevante.
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