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Banco Central fala, e dólar cai

Presidentes e diretores de Bancos Centrais tomam muito cuidado com o que dizem. Sabem que qualquer palavra pode influenciar os mercados e provocar solavancos de preço. Por isso mesmo, quando um executivo de Banco Central parece dar um recado, é bom prestar atenção. Normalmente é um recado, mesmo. Foi o caso de Bruno Serra, diretor de Política Monetária do BC. Em uma live na terça-feira (12), ele disse ser “natural” imaginar que o estímulo extraordinário que o BC vem fornecendo à economia, por meio de uma política monetária “extremamente estimulativa”, saia de cena em algum momento.

Traduzindo: no futuro mais ou menos próximo, a taxa referencial de juros Selic vai deixar o patamar excessivamente baixo de 2 por cento ao ano e voltar a subir. Isso já aparece há tempos nas estimativas recolhidas no Boletim Focus. A edição mais recente, publicada na segunda-feira (11) indica expectativas de Selic a 3,25 por cento no fim deste ano, a 4,75 por cento no fim de 2022 e a 6 por cento no fim de 2023. As datas da alta e a trajetória exata dessa curva de juros são informações que ninguém possui, nem o Banco Central. Por via das dúvidas, como juro em alta presume vinda de capital internacional para ganhar com a arbitragem, o dólar recuou mais de 3 por cento na terça-feira (12).

A mudança nos juros vai depender de variáveis imprevisíveis como as condições do mercado internacional, o nível de atividade da economia brasileira e o impacto das medidas para a contenção da pandemia sobre a atividade economia e a renda. Por enquanto, os investidores ao redor do mundo fazem cálculos para saber quando as principais economias, especialmente as da Europa, vão retornar a um cenário mais parecido com o da normalidade. Autoridades alemãs já aventam a hipótese de prolongar as severas medidas de restrição atualmente em vigor para além de janeiro, exemplo que pode ser seguido em outros lugares.

Indicadores I

O setor de serviços avançou 2,6 por cento em novembro em relação a outubro. Foi o sexto mês consecutivo de alta, indicando um ganho acumulado de 19,2 por cento nesse período. Mesmo assim, o nível de atividade do setor permanece 3,2 por cento abaixo do patamar de fevereiro. A alta dos últimos seis meses não foi capaz de compensar as perdas do início da pandemia. No acumulado no ano, a queda é de 8,3 por cento frente ao mesmo período de 2019. Já em 12 meses até novembro, o recuo foi de 7,4 por cento. E em comparação com novembro de 2019, o volume de serviços recuou 4,8 por cento. Esses são resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Indicadores II

A safra nacional de grãos deve atingir mais um recorde, o terceiro consecutivo, em 2021, somando 260,5 milhões de toneladas, com crescimento de 2,5 por cento em relação ao ano anterior. A estimativa final para a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2020 totalizou 254,1 milhões de toneladas, confirmando o recorde esperado. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quarta-feira (13) pelo IBGE.

E Eu Com Isso?

Nesta quarta-feira, o tom dos mercados será dado tanto pelo noticiário político nos Estados Unidos, com o pedido de impedimento do presidente Donald Trump chegando ao Congresso quanto por movimentos técnicos, provocados pelo vencimento das opções sobre o Ibovespa. No início do pregão, os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 estão em leve baixa, mas em um cenário de volatilidade.

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Leia também: Política nos EUA mexe com negócios.

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