Segundo informações, os responsáveis por representar o G7 – grupo dos sete países mais industrializados do mundo composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – querem incluir a Amazon (AMZN) na lista das 100 companhias-alvo para cobrança de impostos maiores.
Até o presente momento, a companhia teria ficado de fora por conta dos critérios estabelecidos a respeito das margens operacionais. O limite definido foi 10% e a gigante do varejo fechou 2020 com margem menor, de 5,9%.
Porém, as autoridades querem enquadrar de forma segmentada a gigante do varejo. Neste caso, o alvo é a unidade de serviços na nuvem (cloud computing), chamada de AWS. A margem operacional do segmento é próxima aos 30%.
“Decidimos agora que se uma corporação como um todo não atingir o limite de lucratividade, mas uma grande divisão dela ultrapassar os limites do G7, ela deve ser incluída. Com isso, estamos visando exatamente a Amazon”, comentou uma fonte.
E Eu Com Isso?
O aumento dos impostos para as grandes empresas de tecnologia não chega a ser novidade, dado que é um tema que vem sendo discutido há alguns meses.
Evidentemente, o impacto para o valor das companhias é negativo, pois reduzir-se-á a geração de caixa disponível para reinvestimento e/ou distribuição de resultado aos acionistas.
O tema já parece estar nos preços, mas acreditamos que as movimentações recentes possam limitar o desempenho das ações da Amazon (AMZN) no curto prazo, por exemplo.
A companhia sempre buscou detratar o máximo possível o seu lucro antes dos impostos (LAIR ou EBT), trocando, sempre que possível, investimento em bens de capital (CapEx) por despesas. Este fator reduz a base de cálculo e o lucro.
Mais recentemente, a companhia vem expandindo as suas margens e até mesmo contraindo seus múltiplos, o que, por outro lado, aumenta o apelo por maior taxação.
Nos últimos três anos a alíquota efetiva de IR foi de 11%, 17% e 12%, respectivamente.
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