A disputa pelas ações da Alliar (AALR3), rede de medicina diagnóstica com 105 laboratórios em 10 estados brasileiros, ganhou um novo capítulo, com a formação de um acordo de acionistas entre cerca de 50 acionistas da empresa, entre eles os médicos fundadores e o conhecido investidor brasileiro Luiz Barsi Filho.
Com o acordo, o bloco que possui 50,2% da companhia passa a controlar as operações da empresa.
Dessa forma, os acionistas do acordo não podem negociar suas ações individualmente por um prazo de 6 meses, sendo renovado automaticamente pelo mesmo prazo, caso nenhum investidor queira vender sua posição.
O acordo confere aos acionistas um maior poder de barganha em uma negociação de venda, além de ganhar tempo para que possam definir uma estratégia.
E eu com isso?
Após a oferta pública de aquisição (OPA) da Rede D’Or e a compra de 29% da companhia pelo empresário Nelson Tanure, surge o acordo entre os acionistas da empresa para protegê-la de novas investidas, o que deve valorizar ainda mais a ação, que já teve uma expressiva alta desde a primeira oferta na semana passada.
O acordo aprimora a governança corporativa da empresa, além de mostrar um alinhamento com foco no longo prazo.
Para a Rede D’Or, a pretendida aquisição fica ainda mais distante, pois sua oferta tinha como condição a aquisição de pelo menos 15% da companhia, e agora restam poucas ações no mercado.
Porém, mesmo se não adquirir a Alliar, a Rede D’Or deve seguir no mercado em busca de novas oportunidades de negócio, visto seu grande caixa e seguindo sua estratégia de aquisições em direção à verticalização de suas operações e podendo trazer valorização para as ações de outras empresas do setor de medicina diagnóstica.
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