Pare e pense: se você tivesse aprendido desde criança sobre finanças, saberia como lidar melhor com o dinheiro agora? Se a resposta for sim, você está entre a esmagadora maioria dos brasileiros que nunca teve nenhum tipo de educação financeira. Por esse motivo, neste Dia das Crianças a Levante preparou uma lista de dicas para você ensinar o tema aos seus filhos desde pequenos.
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Você já deve ter percebido que o aprendizado durante a infância acontece de uma forma muito mais simples e natural (mais do que na adolescência e na vida adulta). Por esse motivo, uma criança que aprendeu desde cedo a lidar com o dinheiro terá mais facilidade de ser um adulto que controla bem os gastos e a vida financeira como um todo.
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Para evitar que seus filhos tenham problemas financeiros no futuro, preparamos uma lista de dicas de hábitos saudáveis para que você ensine a eles. Vamos lá?
Planeje a educação financeira infantil de forma natural
Talvez você esteja se perguntando se existe uma idade ideal para começar a introduzir o assunto finanças nas conversas com os pequenos, mas não existe uma resposta certa para essa pergunta.
Primeiro de tudo, você precisa observar se eles demonstram curiosidade sobre o assunto e se eles estão em uma fase que entendem e se comunicam melhor com as pessoas. Assim, ficará mais leve e espontâneo para você introduzir dicas de finanças para que ele progrida de forma mais natural. Aqui, o importante é que, sempre que possível, você transforme as crianças em “pequenos aprendizes”, estimulando-os a aprender na prática as lições.
Dia das Crianças e a diferença entre lazer e consumo
Se você sofre toda vez que sai de casa com os filhos pensando que eles vão te dar trabalho e comprar tudo pela frente, chegou a hora de mudar o jogo. É bem comum que as crianças associem o fato de saírem de casa com o ato de consumir. Para evitar que seja criado um hábito de consumismo, procure sempre deixar claro aos pequenos se a atividade que farão será de lazer ou de compras – e mantenha-se firme quanto a isso.
Outra dica importante é não misturar as duas coisas, já que o prazer de passear não pode ser associado ao ato de consumo. Neste caso, consumir deve estar relacionado apenas a necessidades, não desejos.
A importância ensinar valores
É comum que as crianças não enxerguem muito bem os valores das coisas, principalmente se os pais entregam tudo com facilidade. Assim, as conquistas parecerão pequenas e insignificantes – sem valor nenhum.
Neste caso, dê sempre a oportunidade aos pequenos de sentir o quão valiosas são as conquistas. Eles precisam ter a real noção de merecimento. Evite assim comprar presentes fora de época somente porque eles pediram. Relacione esforço à recompensas de maneira a dar valor a todos os tipos de coisas.
Dê recompensas por tarefas realizadas
Além de ser uma forma bem interessante de integrar os filhos na vida familiar, delegar tarefas de acordo com a idade dá uma sensação de importância maior a eles. Assim, eles aprenderão a ‘trabalhar’ de olho naquilo que querem, tendo autonomia para gerenciar o próprio dinheiro (com a sua ajuda e orientação, claro).
Juntar para depois gastar
Mantenha-se firme na tarefa de administrar as recompensas e jamais antecipe valores combinados: com um dia certo para receber, a criança ficará estimulada a esperar pela data, o que também acaba sendo uma lição de paciência. Além disso, ensine-a a poupar e explique que para compras mais caras, ele terá de juntar mais.
Acompanhamento é fundamental
Sempre que seus filhos forem comprar algo com a recompensa combinada em mãos, esteja ao lado para mostrar a eles sobre o valor das coisas.
Na hora do consumo, deixe o dinheiro diretamente com as crianças, que assim terão a real noção de responsabilidade sobre ele. Deixe os valores em carteiras ou porta-moedas para evitar perdas.
Combine previamente com os pequenos quais serão os itens que serão comprados para evitar frustrações com compras não realizadas. A hora da compra em si é fundamental para que você ensine a eles o poder de compra de cada nota e moeda. Afinal, eles precisam entender que cada item tem um valor e nada é de graça.
Ao final da compra, deixa que a própria criança pague para que ela visualize o dinheiro sendo convertido em algo que ela ansiou. Por um lado, ela verá o dinheiro ir embora, mas, por outro, terá a satisfação de ter algo novo. Isso facilitará e muito a capacidade de escolha e de entender o real valor das coisas.
Converse com as crianças depois das compras
Depois das compras, procure conversar com as crianças para entender as percepções delas sobre como foi a experiência. Ao entender quais foram as percepções dela, aproveite para refletir junto e ressaltar a importância do planejamento caso ocorra algum tipo de arrependimento. Na infância, o arrependimento acaba sendo importante para ressaltar as consequências dos atos e para ensinar as crianças a aprenderem com os próprios erros.
Desde pequenas, as crianças precisam entender qual é a diferença também entre querer e precisar. Caso ela opte por comprar algo que não precisa, isso pode afetar diretamente a compra de algum outro item que ela possa precisar mais para frente.
Os custos da casa também precisam estar claros
O jeito mais fácil de ensinar uma criança como economizar água e luz, por exemplo, é quando ela passa a entender de fato que o dinheiro gasto com o pagamento de contas caras poderiam ser usados em outras áreas. Neste caso, uma conta mais cara no fim do mês pode significar um passeio a menos ou uma festa de aniversário mais barata, por exemplo.
É importante também dar à criança uma pequena noção do momento econômico que a família está vivenciando e quais são as perspectivas de progresso financeiro. Assim, você vai conseguir dar um engajamento maior na tarefa de fazer um bom uso dos recursos do lar, fazendo com que exista uma participação ativa na família. Isso faz com que os pais consigam explicar os motivos que os levam a fazer determinadas escolhas e recusar pedidos dos filhos feitos fora da programação.
E você, o que faz para ensinar seus filhos sobre finanças, especialmente com o Dia das Crianças se aproximando? Conte para a gente nos comentários e ajude outros pais a terem novas ideias sobre educação financeira infantil.