Levy pede demissão do BNDES
Neste domingo, o economista Joaquim Levy pediu demissão do cargo de presidente do BNDES. A decisão de Levy se deu após Bolsonaro criticá-lo duramente no sábado (15), em função de uma nomeação de segundo escalão no banco. Bolsonaro “fritou” o economista, que não hesitou em sair. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chancelou as críticas do presidente. Dessa forma, demonstrou que a gestão Levy não vinha agradando já há algum tempo.
Para o cargo, estão no radar nomes como: Gustavo Franco, ex-presidente do BC; Salim Matar, secretário de desestatização do governo; Carlos da Costa, também do ministério da Economia e ex-diretor do BNDES; e Solange Paiva Vieira, superintendente da Susep (Superintendência de Seguros Privados). O anúncio do novo presidente não deve demorar, dada a necessidade de uma resposta contundente para o setor privado.
E Eu Com Isso?
A demissão de Joaquim Levy deve repercutir negativamente no mercado doméstico, mas não deve promover grande crise. Desde que o governo mantenha as diretrizes para o banco e traga um nome de peso para substituir o economista de saída, o efeito negativo deve ser neutralizado ainda no curto prazo. No entanto, vale se atentar à eventual ingerência política de Bolsonaro: é a primeira demissão no ministério da Economia e, apesar de Guedes ter endossado o presidente, os motivos parecem muito mais ideológicos do que propriamente da gestão.