100 mil pontos da Bolsa de Valores: namorando sua volta
O desânimo voltou a tomar conta do cenário internacional. Após as fortes altas vistas na terça-feira, com o governo chinês prometendo financiar grandes projetos para estimular a economia, o tom de espera com a Guerra Comercial, somado às farpas de Trump, desencorajam os investidores.
Pesou também, na Ásia, a onda de protestos em Hong Kong de oposição. Há um combate à lei que facilita a extradição para a China. Com isso, o clima de otimismo de que novos estímulos dos bancos centrais sejam o suficiente para manter o crescimento se mistura aos impasses com guerra comercial, que por ora, gera aversão ao risco.
Aqui no Brasil, tudo é deixado para a última hora. Por exemplo, o crédito suplementar que foi aprovado nesta terça-feira após adiamentos e um acordo com a oposição. A notícia foi comemorada pelos investidores e contribuiu para empurrar a Bolsa de Valores para perto dos 99.000 pontos, com forte alta de 1,53 por cento.
Estamos sempre de olho na Reforma da Previdência. Não tenho dúvidas de que o projeto será aprovado, mas até lá teremos muita volatilidade no mercado. O relator da reforma está negociando a retirada de itens polêmicos com governadores para manter estados e municípios. E a tensão está no ar. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), presidente da comissão especial, já admitiu que dependendo das discussões de hoje, poderá adiar a leitura do relatório.
E Eu Com Isso?
O mercado local namora os 100 mil pontos da Bolsa de Valores. Apesar dos ruídos do curto prazo, essa marca será alcançada novamente em breve. Hoje teremos um dia um pouco mais negativo para os ativos locais.