Em meados de 2011, enquanto pesquisava informações para a minha primeira viagem internacional, descobri que havia algo até então desconhecido que me fascinava – e que adoro fazer até hoje: planejar a viagem. O planejamento da jornada que faria em maio daquele ano acabou se tornando uma tarefa deliciosamente instigante, principalmente porque a ideia era aproveitar o orçamento disponível da melhor forma possível.
Pensando nisso, resolvi compartilhar com vocês os aprendizados que tive ao longo dos anos nesta atividade de planejar as viagens que já fiz por aí. Afinal, eu sei que viajar não é um hobby só meu e a cada dia vejo mais interessados em abrir os horizontes. Além de ser uma das atividades mais gratificantes que existe.
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E posso garantir uma coisa: ter conhecido diversos países, como EUA, Itália, França e Espanha só me instigou a querer conhecer ainda mais novos lugares.
Preparado para arrumar as malas? Vamos lá!
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Pesquise as passagens antes de comprar
Esse muito provavelmente é o gasto mais caro de qualquer viagem, por isso a primeira dica é justamente essa. A melhor forma de conseguir um preço mais em conta na hora de comprar as passagens é pesquisar com antecedência.
Eu, particularmente, gosto de pesquisar primeiro em ferramentas de busca e comparação de preços e deixando as datas da viagem mais abertas. Afinal, sempre pode ter um dia mais barato que aquele você havia pensado anteriormente, por isso você tem que estar mais aberto a mudanças nesse primeiro momento.
Depois dessa primeira pesquisa, você já vai ter uma ideia de qual é o preço médio das passagens para o destino, então vai fugir daquelas ‘promoções’ que muita empresa costuma vender por aí como pechincha.
Não há uma data específica pra essa primeira pesquisa, mas eu costumo sempre começar uns seis meses antes da viagem (não adianta procurar muito antes porque as oscilações são maiores). E na hora de fechar, geralmente compro direto no site da companhia aérea, que não cobra as taxas de (in)conveniência das empresas de busca.
Existem até mesmo algumas pesquisas que dizem que a melhor data para comprar passagens aéreas é entre 60 e 90 dias para passagens nacionais na alta temporada, entre 25 e 45 dias para passagens nacionais na baixa temporada, 30 a 60 dias na baixa temporada internacional e entre 60 e 120 dias na alta temporada internacional. Fique atento a esses prazos!
Pagando mais barato na passagem
Além das dicas que citei acima, existem outras para a compra dos bilhetes aéreos:
– Viaje durante a semana
– Voos no final da manhã, final da noite ou madrugada costumam ser mais baratos
– Entre 0h e 5h é mais fácil encontrar tarifas menores
– Janeiro e julho são os meses mais caros, então fuja deles
Além disso, comprar passagens de ida e volta partindo e voltando dos mesmos lugares é garantia de preços mais interessantes, sem inventar mudanças de última hora.
Aprendi isso na marra, depois que meu marido tentou trocar a data da viagem de volta das nossas férias de outubro pela costa oeste dos EUA em 2014. (Acreditem se quiser: era mais barato comprar uma nova passagem só de ida do que arcar com os custos da troca da passagem que já tínhamos!)
Como planejar a viagem e gastar menos
É fundamental que você não precise fazer grandes sacrifícios – e nem correr grandes riscos. O ideal é que, assim que você decidir fazer a vigem, já comece a economizar: vale cortar gastos supérfluos, sair menos à noite e até mesmo deixar de comer fora.
No caso de viagens internacionais, a melhor dica para quem precisa trocar moeda (seja dólar, euro e etc) é não comprar de maneira nenhuma tudo de uma vez, muito menos em cima da hora. Compre aos poucos e aproveite momentos de baixa das cotações. Dessa forma, você terá um valor médio de gasto e não cairá no erro de pagar as cotações mais caras porque não se programou.
Economizando na bagagem
Uma das melhores formas de se economizar na viagem é evitar gastos com excesso de bagagem, principalmente após as mudanças nas companhias aéreas que aumentaram os custos.
Leve apenas o essencial na bagagem e procure reutilizar calças e sapatos. Você vai ver que além de pagar menos nos aeroportos, também vai se sentir melhor ao carregar menos peso.
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Caso vá para algum lugar como os EUA, onde você pode encontrar malas bem mais baratas do que aqui, avalie ainda levar pouca coisa daqui e comprar a mala adicional (caso a cia aérea permita) lá mesmo. Já fiz isso quando viajei para NY em 2011 e repeti a dose na viagem que fiz em 2014.
Caso a pegada da viagem seja mais ‘mochilão’, como a que eu fiz com a minha irmã pela Europa em 2012, opte por uma única mochila grande para facilitar os deslocamentos e diminuir os gastos com a bagagem.
Gastando menos durante a viagem
Uma das coisas que mais gosto de fazer quando vou viajar é conhecer bem o(s) destino(s) escolhido(s). Entendendo bem os lugares que quero conhecer e sabendo o tempo que terei disponível, fica mais fácil decidir quais serão os passeios e qual vai ser o roteiro da viagem.
Não existe um padrão de certo e errado na hora de criar o roteiro. Quando fui aos EUA pela primeira vez, por exemplo, fui sozinha e optei por ficar em um B&B (bed and breakfast, ou cama e café, numa tradução literal) mais longe do centro, mas perto do metrô. Dessa forma, comprando um bilhete semanal mais em conta, consegui me deslocar por quase toda a cidade de forma rápida e barata. Neste caso, eu optei por fazer passeios próximos uns aos outros, conhecendo uma região de cada vez.
Já no caso da viagem para a Europa, eu e a Helena preferimos não fazer todo o trajeto de avião. Alguns dos trechos foram feitos de trem, primeiro porque era mais barato e segundo porque também era uma boa oportunidade de conhecer um pouco mais os caminhos. Dentro das cidades por onde passamos, a maior parte dos trajetos eram feitos a pé ou de metrô, sempre seguindo a máxima de fazer passeios próximos para evitar grandes deslocamentos.
A viagem da vida, no entanto, foi a que fiz em 2014. À época, queríamos conhecer a costa da Califórnia de carro, por isso optamos por alugar um em Las Vegas (nossa parada inicial) para depois passar por San Diego, Anaheim (uma pausa para conhecer a turma do Mickey e realizar um sonho de infância), Los Angeles, a famosa rodovia Big Sur (passando por Morro Bay, Carmel by the Sea e Monterey), São Francisco e depois Las Vegas de novo. Ao todo, foram mais de 3 mil quilômetros percorridos e apenas um pedágio pago (US$ 7 para atravessar a famosa ponte Golden Gate, em São Francisco).
Em todos os casos, fiz a escolha de não pagar muito caro pelas hospedagens, principalmente por dois motivos: o primeiro é que não ligo para luxo (um bom chuveiro e uma cama confortável são suficientes) e o segundo é que gosto de passar o dia todo ‘batendo perna’, então só fico no hotel para dormir (e olhe lá!) e tomar o café. Sempre consegui opções em conta e com o café incluso (o que me economizava um valor considerável que eu eventualmente teria de gastar na rua).
Outra dica bacana é que quanto mais pessoas viajarem com você, menores serão os custos com hospedagem (ou aluguel de casa/apartamento, como no caso dos Air B&B), já que o valor será dividido e ficará menos pesado.
Para fechar, um último macete: em algumas cidades, como NY, você pode comprar pacotes de passeios pela internet, pagando bem mais em conta do que se fosse comprar cada um individualmente. Por isso, é muito importante pesquisar antes de ir viajar.
Esperamos sinceramente ter ajudado você com as dicas sobre como planejar a viagem. Com antecedência e pesquisando bem, é possível gastar bem menos e ainda sim curtir muito todo o passeio. Apesar de não ser economista, sempre fui boa planejadora e terei o maior prazer de te ajudar a tirar dúvidas!