Petrobras (PETR3 e PETR4) – resultado do terceiro trimestre de 2018
Logo antes da abertura dos mercados de hoje, a Petrobras divulgou os números do terceiro trimestre. O resultado da companhia foi bom e com melhora nas margens, principalmente em função da cotação mais alta do petróleo e do dólar no trimestre.
A receita líquida e o Ebitda vieram dentro do esperado. No entanto, o lucro líquido de 6,6 bilhões de reais foi impactado por item não recorrente (class action).
E Eu Com Isso?
Esperamos impacto positivo no preço das ações (PETR3 e PETR4) no curto prazo.
A receita líquida totalizou 98,3 bilhões de reais no trimestre, alta de 16 por cento em relação ao segundo trimestre e de 37 por cento em relação ao mesmo período de 2017.
Já o Ebitda ajustado totalizou 29,86 bilhões de reais, aumento de 57 por cento em relação ao mesmo período de 2017, a margem melhorou de 27 por cento em 2017 para 30 por cento no trimestre atual.
Na última linha, o lucro líquido somou 6,6 bilhões de reais no trimestre e 23,7 bilhões nos noves primeiros meses de 2018. A expectativa de lucro líquido do mercado era de 9,636 bilhões de reais no trimestre.
O resultado foi impactado negativamente pelos acordos para encerramento das investigações das autoridades norte-americanas (DOJ e SEC) no valor de 3,5 bilhões de reais. Sem considerar este evento não recorrente, o lucro líquido no trimestre teria sido de 10,3 bilhões de reais.
A Petrobras continuou gerando caixa (8,1 bilhões de reais no trimestre) e reduziu o seu nível de alavancagem financeira, com relação dívida líquida/Ebitda caindo de 3,67 vezes em dezembro de 2017 para 2,96 vezes em setembro de 2018. A geração de caixa foi impulsionada pelos seguintes recebimentos: 1,7 bilhão de reais recuperados pela operação Lava Jato e 1,6 bilhão de reais referentes a segunda fase do programa de subvenção do diesel.
Já o endividamento líquido da Petrobras era de 72,9 bilhões de dólares em setembro de 2018, queda de 14 por cento em relação a dezembro de 2017. A venda de ativos pode contribuir para a queda do endividamento ainda em 2018 (ex: Pasadena e TAG).
Acreditamos que a Petrobras deverá alcançar a meta de nível de endividamento: relação dívida líquida/Ebitda de 2,5 vezes no final de 2018.
Destacamos que a cessão onerosa do pré-sal e a possível de venda de participação nas refinarias deve ficar para o próximo presidente eleito, somente em 2019.
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