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O que é inflação e como ela impacta seus investimentos?

Se você está começando agora no mundo dos investimentos, já deve ter lido muita coisa sobre tipos de ativos, rendimentos e taxas. Mas talvez um fator não esteja no seu radar – e não é culpa sua, já que ele nem sempre é comentado. Sabe o que é inflação? Os impactos dela afetam diretamente a rentabilidade das suas aplicações, por isso é fundamental que você saiba como investir com sabedoria.

Nas próximas linhas, vamos explicar de forma descomplicada como a inflação impacta os seus investimentos, quais cuidados tomar e o que fazer para que o seu dinheiro consiga uma rentabilidade boa.


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O que é inflação?

De uma forma simples, a inflação representa um aumento geral dos preços de produtos e serviços no dia a dia do país, ocorrendo sempre que um conjunto deles fica mais caro em relação a um período anterior. Como consequência, as pessoas perdem valor de compra, o que vale tanto para o salário quanto para o investimento.

A inflação estará sempre presente quando os preços sobem de maneira generalizada e contínua. No longo prazo, o simples aumento de um produto ou serviço de forma isolada não é considerado inflação.

Apesar da crise que o país viveu nos últimos anos, o ano de 2017 terminou com uma inflação oficial, que é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2,95% no ano. Esta foi a menor taxa registrada desde 1998, quando o país registrou 1,68%.

De que forma a inflação é medida?

Aqui no Brasil, alguns índices monitoram os preços de bens e serviços mais importantes. Entretanto, nem sempre um conjunto de itens usados para medir a inflação será o mesmo que você, por exemplo, consome. Por esse motivo, o impacto sentido no seu bolso pode ser bem diferente do que é registrado nos índices oficiais.

Diferentes índices podem apontar altas ou quedas dos preços porque eles usam faixas de renda, regiões, itens e períodos distintos nas pesquisas. No Brasil, os dois principais índices são o IPCA e o IGP-M.

  • IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) – É uma medida de inflação ampla, que é ponderada pelos Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). O IGP-M também é principal índice utilizado nos reajustes de contratos de aluguel. O período de coleta desse indicador, feito pela FGV, é de 21 a 20 do mês de referência.
  • IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) – é calculado todos os meses pelo IBGE e aponta a variação do custo de vida de famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. É utilizado pelo Banco Central como o medidor oficial de inflação e pelo governo como referência para verificar se a meta inflacionária será cumprida.

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Quais são os investimentos atrelados aos índices de inflação?

Eu, Glenda Ferreira, sou especialista em investimentos e escrevo nas séries Investidor Inteligente e Tesouro Direto. E é justamente por falar sobre os títulos públicos diariamente que é tão importante que você conheça o título atrelado à inflação: o Tesouro IPCA + Principal.

O antigo nome do título era NTN-B Principal, mas, com a proposta de facilitar a vida do investidor, o Tesouro Nacional mudou o nome para Tesouro IPCA + Principal. Eu achei ótimo, já que fica ali no nome mesmo como será o seu rendimento: a variação da inflação no período mais uma taxa de juros dete00rminada no momento da compra.

Então, a partir daí fica bem simples entender que o seu retorno já está protegido de eventuais oscilações da inflação, você tem a garantia que obterá um rendimento real – que é o que realmente importa no final das contas. Sem pegadinha ou truque, seu lucro está ali bem preservado.

Para conseguir isto, basta carregar o título até a data de vencimento, que você sabe logo no momento da compra. Agora, se você quiser vender antes, receberá outra taxa devido a marcação a mercado. Mas vale lembrar que dá para ganhar muito com a gestão ativa no Tesouro Direto – compra e venda de papéis na hora certa, o que eu e o Rafael Bevilacqua recomendamos a ser feito na série Tesouro Direto.

Na atual situação brasileira, este tipo de investimento acaba ajudando a preservar o seu poder de compra, investidor, servindo como uma boa proteção. Portanto, não deixe de analisar como você se blindará de eventuais disparadas da inflação.

Quais são os impactos da inflação nos investimentos?

O principal impacto pode ser observado na rentabilidade das aplicações. Isso porque existem diferenças básicas entre a rentabilidade nominal (aquela que registra o retorno bruto, sem descontos) e a rentabilidade real (que já tem o desconto de taxas, impostos e da inflação).

Com isso, a inflação impacta diretamente em todos os tipos de investimentos, seja na renda fixa ou na variável, na medida em que interfere diretamente no poder de compra do dinheiro. Neste caso, é fundamental que você, investidor, esteja sempre de olho na rentabilidade real dos investimentos para evitar cair em armadilhas e pegadinhas do mercado financeiro.

Leia ainda: A rentabilidade do Tesouro despencou. E agora?

Agora que você já sabe o que é inflação e como ela impacta os seus investimentos, que tal compartilhar esse conteúdo com seus amigos nas redes sociais para ajudar outras pessoas a saberem melhor como investir da melhor forma?

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