Nesta segunda-feira (31), em evento que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Tarcísio de Freitas para o lançamento das obras da usina termelétrica Gás Natural Açu – GNA II, foi anunciado que o Porto do Açu (RJ) receberá cerca de R$ 6 bilhões em investimentos para construção de um ramal ferroviário, extensão de acessos rodoviários e projetos de geração térmica.
Conforme declarações, a maior parte do investimento será direcionado para a usina GNA II, para a qual será direcionado R$ 5 bilhões. O projeto tem previsão de iniciar sua operação ao final de 2024 e terá aproximadamente 1.623 megawatts (MW) de capacidade instalada. Com a entrada da operação desta segunda unidade, o complexo termelétrico GNA será o maior da América Latina em geração térmica, tendo capacidade instalada de 3 gigawatts (GW). O abastecimento das usinas ficará a cargo do FSRU BW Magna, um navio regaseificador com capacidade de regaseificação de 28 milhões de metros cúbicos por dia.
A GNA, joint venture formada pela petroleira BP, Siemens, SPIC Brasil e pela Prumo Logística, ainda declarou que, além dos projetos termelétricos no Porto do Açu, vê o projeto da ferrovia na região também como uma oportunidade para que esta se transforme em um hub de gás natural. A previsão é que sejam direcionados R$ 610 milhões em investimentos para a construção de um trecho de 41 quilômetros que será responsável por conectar o norte do Rio à malha nacional. A estimativa é que o projeto tenha capacidade de escoar 16 milhões de toneladas ao total, sendo destes 8 milhões de toneladas de grãos.
No caso das obras para ampliação das rodovias de acesso ao Porto do Açu, estas estão inicialmente orçadas em R$ 396 milhões. O projeto faz parte do pacote de investimentos em infraestrutura Pacto RJ, lançado pelo governo do Estado.
E Eu Com Isso?
O anúncio do governo sobre os investimentos em projetos de infraestrutura acessórios ao Porto de Açu é positivo para aproveitamento da capacidade do terminal. Atualmente, é operado pela Prumo Logística, empresa que culminou da reorganização societária do grupo econômico de Eike Batista após sua derrocada financeira. O porto foi revitalizado pela Prumo e se transformou em importante canal de escoamento de cargas diversas, figurando entre as dez maiores instalações portuárias do país em termos de movimentação.
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