A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos), estima que o ano de 2022 tende a ser melhor para o setor do que 2021, com dados divulgados estimando um crescimento do mercado que pode chegar a quase 5%, na comparação anual. Se considerarmos um crescimento de 3% para o ano de 2021, a queda nas vendas em comparação com 2019 ainda fica na casa dos 20%.
O volume esperado para o ano de 2022 é de 2,2 milhões de veículos, ainda abaixo do que foi há 15 anos atrás, quando o número beirava os 2,5 milhões de veículos. Mesmo com uma alta demanda reprimida, o setor não conseguiu ter uma recuperação contundente, devido principalmente à falta de componentes no mercado, como os semicondutores.
Faltaram carros para atender os pedidos, e as montadoras ainda esperam filas por boa parte do ano de 2022. O resultado de dezembro também foi influenciado pela falta de peças, com uma queda de 15% no volume vendido em relação a 2020.
E Eu Com Isso?
O segmento mais afetado continua sendo o de automóveis, o qual registrou queda de quase 20% em dezembro, e de 3,5% no ano de 2021. Isso ocorre porque os veículos leves costumam ter mais semicondutores do que os de carga, e a tendência é que esse número aumente cada vez mais. Para 2022, o crescimento projetado pela Fenabrave é de 4%, ainda tímido considerando a performance ruim nos últimos dois anos.
No entanto, quando olhamos para o segmento de caminhões vemos uma realidade muito diferente, ainda por conta da boa performance do agronegócio, que impulsiona a venda da linha de pesados e do e-commerce que aumenta as vendas da linha de leves.
Em 2021, o mercado de caminhões novos registrou um crescimento de mais de 40% na comparação anual, o melhor resultado desde 2014. Para 2022, a Fenabrave espera uma nova expansão de mais de 7%.
Por fim, o segmento de ônibus, o que mais sentiu os efeitos da Covid-19, continua com uma performance ruim, com as vendas caindo mais de 20% a/a em dezembro e 2% no ano de 2021. No entanto, a projeção para 2022 é de uma recuperação mais contundente, na casa dos 8% a/a.
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