Como de costume, no início do ano as previsões sobre câmbio, bolsa, juros e inflação ganham destaque nas manchetes dos jornais. Em adição, na esteira dessas previsões, especialistas que acompanham o preço das commodities também não deixam de apresentar seus números para algumas delas.
Acompanhamos de perto algumas dessas análises para três commodities que são relevantes para empresas que têm suas ações listadas na bolsa brasileira: petróleo, minério de ferro e celulose.
Para o minério de ferro, as previsões são de uma estabilização dos preços nos patamares a que estão sendo negociados hoje, ou seja, no entorno de aproximadamente US$ 120 por tonelada. As expectativas para a manutenção do patamar elevado quando comparado com a sua média histórica vem das perspectivas envolvendo uma retomada de investimento chinês em infraestrutura e um arrefecimento das tensões envolvendo o setor imobiliário por lá.
É importante ressaltar que a desaceleração no preço do minério aconteceu, principalmente, após a imposição de restrição de produção de aço por parte dos produtores chineses no segundo semestre e medidas duras adotadas pelo governo chinês para tentar frear uma bolha imobiliária.
Como um possível impacto dessas restrições a economia chinesa passou por uma considerável desaceleração, fato que deve mudar após as últimas sinalizações, além do que a retomada do apetite chinês e a ausência de nova capacidade ofertada deverá ajudar a manter os preços em patamares resilientes.
O petróleo é outra commodity que deve continuar com os preços em patamares elevados. A retomada econômica deve continuar no ano de 2022, e não é visto por parte da OPEP uma grande vontade para aumento da capacidade ofertada, o que devem manter o barril de petróleo nos patamares atuais, variando entre US$ 70 e US$ 80.
E, por último, a celulose, que diferente das duas últimas commodities, deve ter um ano com incremento relevante de oferta, com a entrada de novas plantas em operação na América Latina que devem dificultar a manutenção dos preços nos patamares atuais, porém diferente de minério e petróleo, as utilidades e utilização de celulose tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e a migração para uma economia cada dia mais verde deve continuar potencializando sua utilização.
E Eu Com Isso?
O ano começou com perspectivas positivas para as commodities, o que deve ser benéfico para a cotação das ações das empresas que atuam nesses ramos. Esperamos mais um ano positivo para as empresas de petróleo, mineração e siderurgia e celulose.
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