O governo Bolsonaro deve trocar cerca de 40% de sua equipe ministerial em abril do ano que vem, data em que expira o prazo para desincompatibilização eleitoral (afastamento de certas funções ou cargos para se tornar candidato) visando o pleito de 2022.
Entre os nomes que devem deixar a Esplanada, estão: Braga Netto, da Defesa (possível vice de Bolsonaro); Fábio Faria, das Comunicações (Senado pelo RN); Flávia Arruda, da Secretaria de Governo (Senado pelo DF); João Roma, da Cidadania (governo do estado da Bahia); Onyx Lorenzoni, da Previdência e Trabalho (governo do RS); Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura (governo de SP); entre outros nomes que ainda estão sendo ventilados para algumas posições no Executivo estadual ou Legislativo federal.
Ciente dos projetos políticos diversos, Bolsonaro comentou que deve pedir sugestões aos auxiliares que estiverem de saída das pastas, mas nenhum nome foi definido ainda. As mudanças devem dar uma nova cara à gestão e à articulação política do governo, apesar do limitado tempo restante do atual mandato. É provável que partidos da base aliada e eleitoral sejam contemplados na nova distribuição ministerial.
O Planalto tem incentivado ministros a concorrerem para cargos eletivos, de modo a fortalecer os seus quadros no Congresso Nacional – em especial, no Senado, Casa onde o governo teve dificuldades durante a atual legislatura. Alguns nomes, contudo, ainda aguardam mais indicadores sobre a conjuntura eleitoral e a popularidade do presidente.
E Eu Com Isso?
De olho nas eleições de 2022 e novas alianças políticas, principalmente regionais, o atual governo deve promover uma considerável dança das cadeiras na Esplanada. A tendência é de, ao contrário do que foi a primeira legislatura, ocupar muito mais pastas com chefias de natureza política.
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