Nas principais filosofias de investimento do mercado, a tomada de decisão de qual empresa investir na Bolsa de Valores é pautada em uma análise de como essa companhia estará no futuro, baseado em todos os fatores que estão acontecendo no presente e em seus números atuais.
Uma questão que vem sendo bastante discutida atualmente é a especulação de se o Brasil enfrentará, ou não, a temida estagflação. É importante estar atento a esse cenário, pois ele afeta diretamente a Bolsa de Valores e a sua tomada de decisão de investimentos. Continue lendo para entender melhor!
3 formas em que a estagflação afeta a Bolsa de Valores
A estagflação é um cenário no qual um país enfrenta, ao mesmo tempo, uma alta da inflação e uma queda da sua atividade econômica.
Esses fatores impactam a Bolsa de Valores de três formas diferentes:
1. Menor crescimento das empresas
Em um contexto de estagnação econômica, a população tende a consumir menos. Isso reflete diretamente no resultado das empresas, que podem ter uma baixa lucratividade e pouco crescimento.
Vamos pensar em uma empresa de varejo eletrônico, setor em vasto crescimento no Brasil. Em um contexto de estagflação complexo, que pode durar até anos, essa companhia, mesmo que estivesse apresentando bons resultados, pode começar a decepcionar em seus números, pois ela sofre impactos diretos em todos os seus processos.
Assim, mesmo que essa companhia tenha um bom case e um valuation promissor para o futuro, muitos investidores podem ter uma reação negativa aos impactos reais que ele sofrerá diante desse cenário. Assim, as suas ações tendem a desabar.
Agora pense: se você fosse um investidor, investiria nessa empresa? Provavelmente a sua resposta foi não, e essa é a tendência de grande parte do mercado ─ que investe sempre almejando o retorno financeiro, mesmo que futuramente.
Ademais, nesse cenário de estagflação, mesmo empresas consolidadas e que não dependem de uma tese de alto crescimento para serem atrativas podem sofrer. Isso, pois elas tendem a distribuir menos dividendos, o que resulta em uma queda em suas ações na Bolsa de Valores.
2. Alta da Taxa Selic
O período de estagflação também é caracterizado por uma alta da inflação. Para tentar controlar essa situação, o governo tende a aumentar a taxa básica de juros, a Selic. Isso impacta especialmente os investimentos de renda fixa, pois a rentabilidade deles é calculada de acordo com esse indicador.
Os ativos de renda fixa são muito mais seguros, pois, no momento da aplicação, é possível prever o retorno. Dessa forma, se esses títulos se tornam mais rentáveis, muitos pensam que é mais interessante investir neles do que na Bolsa, ainda mais em um contexto de estagflação. Você concorda?
3. Cenário de muitas incertezas
Por fim, um período de estagflação traz consigo inúmeras variáveis negativas, como a possibilidade de aumento dos juros, a necessidade de o governo ter de injetar dinheiro na economia e aumentar os impostos, etc.
A verdade é que, nessa situação, tudo é muito incerto e o mercado tende a ir para o lado do medo. Um exemplo foram os seis circuit breakers na Bolsa de Valores no início da pandemia da Covid-19. Várias pessoas retiraram o seu dinheiro da Bolsa por não ser possível saber o que esperar daquele momento.
Um cenário de estagflação traz vários prejuízos para a economia como um todo. Por isso, é importante investir com segurança e fazer as escolhas certas, para que você garanta o máximo retorno sem correr riscos desnecessários.
Com isso, a Levante pode te ajudar. Confira já a série Bolsa 3.0 e tenha de 8 a 25 ganhos de curto prazo na Bolsa por mês!