Sigmund Freud (1856-1939) foi o criador da psicanálise. Essa técnica procura resolver problemas psíquicos, como ansiedade e depressão, analisando o que as pessoas dizem. Um dos conceitos desenvolvidos por Freud foi o de “ato falho”. A pessoa quer dizer algo, mas seu inconsciente a faz, sem querer, dizer outra coisa. O exemplo didático de Freud é o de um homem interessado em uma mulher que se casou com outro. O marido dela morre. No velório, em vez de dizer “meus pêsames”, o interessado cumprimenta a viúva com “meus parabéns”. Ou seja, o ato falho é uma demonstração das intenções e sentimentos reais da pessoa.
Aqui cabe perfeitamente um “E Eu Com Isso?”.
Explicando. As cotações do Bitcoin estão iniciando a sexta-feira em forte alta, assim como as demais criptomoedas. Durante a madrugada no Brasil, o Bitcoin superou brevemente US$ 60 mil. Tudo devido ao que, talvez, seja um ato falho da SEC (Securities and Exchange Commission), organização americana semelhante à nossa CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Na tarde da quinta-feira (14), a conta da SEC no Twitter publicou um texto sobre os riscos de investir em derivativos de criptomoedas. “Antes de investir em um fundo que possui contratos futuros de Bitcoin, certifique-se de pesar cuidadosamente os riscos e os benefícios potenciais”, afirmou a postagem na rede social.
Nada além da advertência rotineira do regulador, cuja principal função é compensar a assimetria de informações entre os profissionais do mercado e os investidores individuais. Só por um pequeno detalhe: a SEC ainda não aprovou os ETF (Exchange Traded Funds) com derivativos de criptoativos nos Estados Unidos.
E esse comunicado – talvez um “ato falho” – levou os investidores à conclusão de que a aprovação desses ETFs seja iminente. Segundo a agência de notícias Bloomberg, a SEC “está preparada para permitir o início das negociações” já na próxima semana.
Nos últimos dias, a perspectiva de criação de mais um veículo de investimentos em criptomoedas fez as cotações do Bitcoin subirem mais de 10%.
Não por acaso, os indicadores de mercado mostram que grandes investidores institucionais americanos têm sido bastante ativos nas aquisições de criptomoedas. No início de outubro, apenas um desses investidores comprou US$ 1,6 bilhão nesses ativos, uma das maiores transações individuais do ano.
O raciocínio é o mesmo para qualquer outro mercado. Derivativos de criptomoedas não são novidade. A Bolsa de Chicago tem um movimentado mercado de contratos futuros de Bitcoins.
No entanto, apesar de todos os recursos tecnológicos e de todas as facilidades, muitos investidores individuais ainda receiam navegar nesses mares que são potencialmente agitados e exigem um pouco de conhecimento técnico.
Segundo Fernanda Guardian, especialista em criptomoedas da Levante Ideias de Investimentos, o surgimento de ETFs que facilitam o caminho é mais um passo em direção da popularização desses investimentos. E você sempre pode contar com os insights da Fernanda para tomar as melhores decisões com relação a criptomoedas. Sem atos falhos.
E Eu Com Isso?
Além das criptomoedas, os contratos futuros do Ibovespa e do índice americano S&P 500 iniciam a sexta-feira em alta, com boas perspectivas com relação aos resultados das empresas americanas referentes ao terceiro trimestre, que estão sendo divulgados.
As notícias são positivas para a Bolsa.
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