A Copasa (CSMG3) divulgou, nesta segunda-feira (02), após o fechamento do mercado, o seu resultado do 2T21. Os números foram ligeiramente negativos, com suas linhas de receita líquida e Ebitda desapontando diante das expectativas.
A companhia apresentou um avanço de sua receita líquida de 9,9% quando comparada ao mesmo período em 2020, totalizando R$ 1,3 bilhão no 2T21. Quando comparado ao mesmo período em 2019, o crescimento foi de 20,0%.
Os principais fatores que influenciaram a receita durante esse período foram o reajuste tarifário médio de 3,04% aplicado a partir de novembro de 2020, além do crescimento no número de unidades consumidoras de água (+2,4% a/a) e de esgoto (+2,6% a/a).
Houve também o aumento de R$ 6,3 milhões na receita indireta de água e esgoto devido a, principalmente, o retorno das ações comerciais parcialmente suspensas em 2020.
Seus custos e despesas de operação e manutenção vieram em linha quando comparado ao 2T20 e mais acentuados quando comparados ao 2T19, apresentando alta de 15,0% e registrando R$ 956,7 milhões no 2T21.
Ademais, como principais variações dos custos administráveis da companhia, destacamos o aumento de 15,4% a/a na linha de serviços de terceiros.
Como itens mais relevantes desta linha, salientamos o aumento de 4,8 milhões nos gastos com publicidade e propaganda em função da necessidade de realização de campanhas publicitárias desenvolvidas para esclarecimento quanto ao atendimento à população decorrentes do agravamento da pandemia em abril e maio deste ano.
Ainda nos custos administráveis da companhia, destacamos a queda de 55,4% a/a na linha de Perda por Redução ao Valor Recuperável de Contas a Receber.
O movimento ocorreu em função de um acréscimo no 2T20 de R$ 76,2 milhões devido a um aprimoramento da metodologia utilizada para cálculo da provisão.
Caso este acréscimo fosse excluído, a variação da linha ficaria no mesmo patamar dos períodos comparativos.
Em seus custos não administráveis, destacamos o aumento de 18,6% a/a da linha de energia elétrica decorrente do incremento nos gastos com bandeiras tarifárias, além do crescimento no custo médio da energia em função da redução no subsídio.
Destaque também para redução da linha de materiais de tratamento, com queda de 17,4 por cento a/a, devido a menor utilização de produtos químicos no 2T21 graças a redução da turbidez da água bruta nos principais mananciais utilizados pela Copasa.
Além disso, salientamos a alta de 22,1% a/a da linha de combustíveis e lubrificantes, refletindo o aumento dos preços dos combustíveis no período.
No tocante ao seu resultado financeiro, verificamos um montante positivo de R$ 3,1 milhões no 2T21 contra um valor negativo de 20,1 milhões no 2T20.
A variação entre os períodos teve como um de seus principais fatores a variação do euro frente ao real, que apresentou comportamentos distintos nos trimestres comparativos.
Em relação ao seu Ebitda, a companhia reportou um montante de R$ 492,4 milhões, sendo esta uma alta de 30,1% em comparação a 2T20, abaixo das expectativas.
Sua margem Ebitda também exibiu um avanço de 5,7 pontos percentuais no período para 36,7% no trimestre.
Por fim, a empresa reportou um avanço de 62,0% a/a em seu lucro líquido, registrando R$ 237,1 milhões no 1T21.
E Eu Com Isso?
A Copasa reportou resultados ligeiramente negativos, com suas linhas de receita líquida e Ebitda desapontando diante das expectativas de mercado.
Suas margens comprimidas se devem aos seus custos e despesas da operação, que vieram mais acentuados.
Dessa forma, esperamos uma reação levemente negativa no preço das ações da companhia (CSMG3) para o curto prazo.
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