Na tarde da quarta-feira (13), diversos veículos de comunicação comentaram que o presidente do Banco do Brasil (BBAS3), André Brandão, deverá ser demitido pelo presidente Bolsonaro. A insatisfação com o comandante da instituição está relacionada com um comunicado ao mercado anunciando esta semana que, entre outras coisas, o fechamento de 112 agências e um programa de demissão voluntária.
As medidas já eram previstas no mercado e visam reduzir a ineficiência que o banco tem quando comparado aos bancos privados, algo bem visto pelos analistas de ações. Segundo fontes, a irritação por parte do presidente da república veio devido à falta de tato político por parte de André Brandão, uma vez que não considerou o desgaste político da medida enquanto o governo está em processo de negociação visando as eleições para presidência da Câmara e do Senado.
E Eu Com Isso?
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram quase 5 por cento na quarta-feira (13). A notícia, mesmo que ainda não oficial, teve grande repercussão uma vez que o nome de André Brandão é bem visto pelo mercado. O CEO do banco foi indicação de Paulo Guedes, ministro da economia, e de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
O fechamento de agências e redução do número de empregados é uma tendência para os bancos no mundo inteiro, algo natural com a digitalização dos serviços bancários. A possibilidade de o governo vetar medidas que visam modernizar a estrutura do banco devido a possíveis desgastes políticos deve gerar frustração aos investidores do banco estatal que vinha com uma expectativa de uma gestão menos ligada à decisões políticas.