Nos últimos três anos, o número de adolescentes que entrou no mercado financeiro aumentou consideravelmente. No ano de 2019, mais de 166 mil jovens, entre 16 a 25 anos, investiram na Bolsa de Valores, uma quantidade que cresce gradualmente e ultrapassa os investidores de outras faixas etárias.
Isso ocorre porque a geração dos Millennials tem um acesso às informações muito grande. Além disso, muitos influenciadores digitais incentivam as finanças.
Outro detalhe que levamos em consideração é a necessidade de poupanças a longo prazo, decorrente das crises econômicas que o país enfrenta, além de uma Reforma da Previdência que impacta diretamente em nosso futuro. Por isso, a nova geração vem buscando formas de investimento que sirvam de garantia.
Se você é da geração Millennial e quer investir, conheça os termos básicos do mercado financeiro no dicionário do investidor e fiquei por dentro da tendência do investing.
Dicionário do investidor
A-D
Ações: são títulos que podemos adquirir e que representam uma pequena fração do capital de uma empresa. É como se comprássemos uma pequena parte dela e nos tornássemos sócios da companhia. Por isso recebemos uma parte dos “lucros” dessa empresa no mercado. Porém, se a empresa que investimos cai no mercado financeiro, nosso investimento cai e, consequentemente, perdemos dinheiro.
Ajuste Diário: como o próprio nome diz, é um ajuste financeiro feito diariamente nas contas de compradores e vendedores do Mercado Futuro para assegurar que os valores mantenham-se atuais e reflitam os preços das negociações do dia anterior.
Alavancagem: é uma ferramenta semelhante a um limite de crédito, que permite que você invista um valor maior do que possui em conta, no mercado financeiro. Esse limite de crédito foi criado para incentivar o investimento em ações mais caras e que possibilitam um retorno financeiro maior.
Alíquota: é um termo exclusivo do mercado financeiro que se aplica aos detalhes do dia a dia, como no seu Imposto de Renda ou em impostos pagos. Isso tudo, porque é um percentual/valor fixo que se aplica às quantias de dinheiro e é utilizado para calcular diversos impostos. Seus investimentos também estão sujeitos à alíquota.
Ativo: é o nome de qualquer bem negociável, seja de uma organização ou pessoal. Sendo assim, tudo o que possuímos com algum valor atribuído a ele é um ativo. Vale lembrar que existem três tipos de ativos: permanente, que são bônus e ações; fixos, que são imóveis, terrenos; e diferidos, que são aplicações em pesquisas e projetos.
B3: nome dado à Bolsa de Valores brasileira, após a fusão da Bovespa e Cetip em 2017.
Banco de Investimentos: são instituições que permitem que pessoas físicas ou jurídicas apliquem dinheiro na modalidade desejada. Esse tipo de banco trabalha exclusivamente com serviços ao mercado financeiro.
Benchmark: é uma expressão em inglês utilizada para referir-se a um ponto de referência. Quando utilizamos essa mesma expressão no mercado financeiro, seu significado permanece o mesmo, pois benchmark é um indicador usado como referência de desempenho. Ou seja, seria o padrão a seguir dentro do mercado financeiro.
Carteira de ativos: é o conjunto de aplicações que você possui, uma espécie de portfólio das ações que você pode organizar da maneira que deseja, observando o mercado e aplicando no que for melhor. Uma boa carteira de ativos é diversificada para reduzir os riscos na hora dos investimentos e assegurar um retorno lucrativo.
CDB: a sigla para Certificado de Depósito Bancário, que é um título de renda fixa emitido por bancos. Esse tipo de investimento é muito procurado por investidores de renda fixa, pois a rentabilidade é maior do que a oferecida por outros serviços, por exemplo, as contas poupança. O CDB é um investimento simples e sem complicações pois, em teoria, você está emprestando dinheiro ao banco e ele irá retornar uma taxa referente ao valor emprestado.
CDI: sigla para Certificado de Depósito Interbancário. São títulos emitidos por bancos ou outros tipos de instituições financeiras para transferir recursos de uma instituição para outra. Esses títulos possuem uma taxa que determina o rendimento anual de alguns investimentos. Todo ano, o CDI sofre mudanças. Em 2018, a taxa foi de 6,40%. Uma pessoa física não pode investir no CDI, mas pode beneficiar-se, pois muitos dos investimentos que fazemos, por exemplo o CDB, baseiam-se na taxa CDI.
CETIP: Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos é uma instituição integradora do mercado financeiro que oferece serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos. A organização possui capital aberto e trabalha para corretoras, distribuídos e consórcios, no registro de títulos e outro serviços.
Cotação: valor de ativos negociados no mercado financeiro e utilizado como referência na realização de investimentos. Por meio da cotação podemos criar perspectivas de valorização ou desvalorização da ação. Um exemplo de cotação é a do dólar, com ela sabemos a tendência dos valores de outras moedas e bolsas ao redor do mundo.
Custódia: a custódia é o direito que um investidor possui sobre os títulos e valores depositados em seu nome. Todos que se cadastram na Bolsa de Valores recebem um código de sua conta de custódia na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia.
Day Trade: é um dia de vendas no pregão, ou seja, o termo é usado para operações de vendas e compras de ativos de curto prazo, que começam e terminam no mesmo dia. O Day Trade ocorre em todas as Bolsas de Valores, sendo um termo muito comum e popular no mercado financeiro.
Deflação: o termo indica uma inflação negativa no mercado. Isso quer dizer que os valores caíram drasticamente devido a uma oferta excessiva de produtos ou pela diminuição de demanda pelos consumidores.
E-H
Emolumentos: o emolumento é uma taxa cobrada pelas bolsas pelas operações de compra e venda de ativos, pois esse tipo de transação é cara para fazer. Essa taxa foi a maneira que o mercado encontrou de pagar parte dos gastos com as transações.
ETF: o ETF, ou Exchange-traded funds, são os fundos de índices de negociados como ações. Para que isso fique mais claro, esses fundos são papéis vendidos na bolsa de valores, que representam os papéis de uma empresa. Quando adquirimos um determinado número de papéis, estamos adquirindo todas as ações da carteira usada como referência para as compras.
FGC: também conhecido por Fundo Garantidor de Créditos, é a instituição responsável por alguns títulos como CDB, LCI e LCA. Ela assegura que o investidor irá receber o que é devido, sem o risco de perder o capital investido ou sofrer com outras consequências, como a falência de um banco. O FGC é uma associação civil, sem fins lucrativos, que promete proteger o crédito privado sem interferências públicas.
Fundo de Investimentos: muitas vezes não sabemos ao certo no que investir ou o quanto investir. Por isso foram criados os Fundos de Investimento. Uma modalidade coletiva de aplicações geridas por um especialista e aplicadas em diferentes investimentos, seguindo a proposta do Fundo.
Hedge: é um mecanismo criado para assegurar os investidores em operações financeiras que possuem grandes variações de preço, ou seja, que super valorizam ou desvalorizam abruptamente, colocando o investidor em uma posição delicada.
Home Broker: com o advento da Internet, compras e vendas tornaram-se on-line e com a Bolsa de Valores não poderia ser diferente. O Home Broker é uma plataforma digital que permite a compra e venda de ações da Bolsa de Valores on-line. Você pode acessar por meio de computadores, tablets ou smartphones.
I-L (H3)
IGPM: Índice Geral de Preços do Mercado é um indicador criado para mediar a variação de preços no mercado, garantindo que o valor que aplicamos ao produto seja compatível com o do mercado atual. O IGPM é muito utilizado no reajuste de aluguéis, por exemplo.
IOF: Imposto Sobre Operações Financeiras, como o próprio nome já diz. IOF é um imposto federal pago em qualquer operação financeira. É cobrado desde câmbio até a operação de títulos e seu valor muda de acordo com a operação, ou seja, o valor desse imposto na venda ou compra de moedas não é o mesmo que na venda e compra de ações.
Juros: o juros estão presentes em diversas transações do nosso dia a dia, por exemplo, nas do cartão de crédito. No mercado financeiro ele é a remuneração cobrada em percentual a quem realiza um empréstimo ou paga a quem investe.
Lastro: o lastro é a garantia de que o dinheiro empregado no investimento não será perdido. Essa é uma exigência do sistema financeiro para garantir a integridade dos investidores. Sendo assim, a instituição financeira deve possuir o mesmo valor ou metade dele aplicado em seu caixa, para que, a qualquer risco, o dinheiro investido não se perca.
Letra de Câmbio: são os títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras.
Letras de Crédito: títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para serem usados em atividades imobiliárias. Devido ao seu uso específico, esses títulos possuem isenção de Imposto de Renda e de IOF.
Liquidez: a liquidez é a facilidade na qual um ativo é convertido em dinheiro sem perdas significativas em seu valor, ou seja, na facilidade de vender um bem sem a necessidade de diminuir ou alterar seu valor. Essa mesma facilidade aplica-se no resgate desse ativo.
M-P
Manejo de Risco: é controlar os riscos de um investimento utilizando ferramentas de análise e estratégias. Manejar o risco de um investimento é essencial, pois assim asseguramos que o dinheiro será bem aplicado e não será perdido.
Marcação a mercado: é a atualização dos preços para os valores referentes ao mercado atual.
Mercado de ações: o chamado mercado de ações é onde negociamos as diversas frações de patrimônio das empresas. Elas são vendidas como ações, aqueles que as compram tornam-se “sócios”, obtendo lucro com o crescimento da empresa no mercado.
Mercado futuro: o nome por si é sugestivo. O mercado do futuro é um ambiente dentro das Bolsas de Valores próprio para negociação de compra e vendas de ativos futuros, ou seja, você garante aquele bem ou sua venda antecipadamente.
Mercado Primário/Secundário: o mercado da venda e compra de ativos é dividido em duas partes: primário e secundário. No mercado primário, os ativos são negociados pela primeira vez, assim que são emitidos. Assim que empresas abrem capital e passam a vender ações, os investidores podem adquirir no ambiente primário das vendas. O mercado secundário trabalha com ativos que já passaram do mercado primário, um exemplo são as negociações entre investidores.
Opção: a opção é um investimento que permite que o seu titular compre ou venda seus ativos em uma data futura e por um preço pré-determinado.
Ordem: é o nome que se dá à decisão de um investidor por um determinado investimento. O investidor dá a ordem na plataforma para comprar ou vender um ativo.
Perfil de investidor: também conhecido por suitability, o perfil de investidor é uma análise que identifica suas preferências e expectativas em relação ao mercado financeiro. Essa análise é feita a partir de seus interesses no mercado e de investimentos já realizados.
Pregão: é o nome dado ao momento em que o mercado da Bolsa de Valores está aberto, ou seja, uma grande sale de ações.
Passivo: para o mundo das finanças, é tudo aquilo que representa um gasto para você. Sendo assim, os ativos são os bens que geram lucro e o passivo é o que te faz perder dinheiro. Existem três tipos de passivos: circulante (contas e impostos a pagar); a longo prazo (hipotecas e letras de câmbio); resultados de exercícios futuros (dinheiro que pode ser recebido adiantado).
Q-T
Rentabilidade: é um dos termos mais importantes para o investidor, pois é o retorno financeiro obtido após o investimento. A rentabilidade de um investimento pode ser pré-fixada ou pós-fixada, além de variar de acordo com o mercado. Esse retorno é percentual.
Renda Fixa: no mercado financeiro falamos muito a respeito da renda fixa e como ela influencia no seu investimento pois, de acordo com sua renda, seu investimento é definido. A renda fixa é uma modalidade de investimento mais segura e estável, recomendada para iniciantes. Com ela é possível realizar CDB, LCIs, LCAs, entre outros investimentos.
Renda Variável: é uma modalidade de investimento que, como o próprio nome já indica, é mais volátil e mais arriscada para o investidor. Nesse tipo de renda, o investimento é alto e, se der certo, o lucro obtido é alto. Porém, a perda é grande caso o investimento caia. Por isso, a renda variável é indicada para aqueles que investem há mais tempo e conhecem melhor o mercado: não é fácil prever a rentabilidade futura.
Risco: Risco para investidores nada mais é do que a chance de um investimento falhar, ou seja, do investimento não ser rentável. Antes de investir, é necessário avaliar com calma e perspicácia os riscos de uma ação.
Spread: o spread é a diferença entre o preço da compra e o preço da venda de ativos, títulos ou ações.
Selic: Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é um programa virtual no qual os títulos do Tesouro Nacional são comprados e vendidos diariamente por instituições financeiras. Desta compra e venda de títulos surge a Taxa Selic, que influencia todas as outras taxas brasileiras.
Taxa de Administração: é um valor cobrado por fundos de investimento para cobrir os custos da gestão dos investimentos. Ela assemelha-se muito às taxas de manutenção de contas (tarifa cobrada pelos bancos para ajudar com os gastos de transações) ou taxas que pagamos aos clubes, por exemplo.
Tesouro Direto: programa criado pela Bolsa de Valores Brasileira e pelo Tesouro Nacional para a negociação de títulos públicos por pessoas físicas na Internet.
Títulos Públicos: títulos públicos ou títulos de dívida pública são títulos de renda fixa emitidos pelo Governo Federal e disponibilizado para pessoas físicas por meio do Tesouro Direto.
Trader: assim são chamados aqueles que se dedicam às transações na Bolsa de Valores.
U-Z (H3)
Volatidade: a volatidade é baseada nas médias de risco que indica a variação dos preços.