Deputados e senadores do chamado “Centrão” querem que o governo lance mão de mais recursos para contornar a crise do coronavírus. Segundo locutores do governo, o bloco deve pressionar a equipe econômica por meio de propostas no Congresso – como a tentativa de tornar permanente o auxílio de 600 reais.
A ala política do governo já reconhece que terá de fazer acenos aos parlamentares, a fim de consolidar essa nova aliança. No entanto, as concessões devem ser em doses homeopáticas, para evitar uma “flexibilização radical” que possa ameaçar a agenda liberal da equipe econômica e, consequentemente, a própria permanência de Paulo Guedes no governo.
A aliança com o Centrão e a delicada situação econômica fazem pressão sobre a agenda de reformas. A sustentabilidade de Guedes no governo passa fundamentalmente em como serão feitas as eventuais concessões para aumentar gastos do governo, que já está praticamente espremido no Orçamento.
Se por um lado, a agenda pode sofrer pressão, o apoio do Centrão é de grande importância para que qualquer pauta seja aprovada.
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