Na bolsa de valores, são negociadas ações de empresas com características muito diferentes. Algumas companhias são grandes e consolidadas, como Petrobras e Vale, enquanto outras são organizações menores, com menos histórico de negociação na bolsa, mas grande potencial de crescimento.
As grandes companhias são chamadas de large caps, terminologia que está relacionada com o valor de mercado da companhia. Já as que têm uma capitalização menor são chamadas de small caps.
Neste artigo, vamos explicar o que são small caps, por que elas costumam ter maior potencial de valorização e quais são os riscos e oportunidades que elas podem apresentar. Confira!
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O que são small caps?
As small caps são ações de empresa com um valor de mercado relativamente pequeno. Não existe um número certo e definitivo, mas, de forma geral, podemos dizer que são consideradas small caps as ações de empresas com valor de mercado de até US$1 bilhão. Apenas para comparar, o valor de mercado das large caps pode superar US$200 bilhões.
As large caps são as chamadas blue chips, uma expressão que foi emprestada dos cassinos e designa as fichas mais valiosas. São ações de primeira linha, de empresas muito conhecidas, como Petrobras, Vale, Ambev, Itaú Unibanco e Bradesco.
As small caps são empresas significativamente menores, também conhecidas como sendo de segunda linha. Essa terminologia não tem a ver com a qualidade da companhia, mas com o seu tamanho e com seu peso no mercado.
Ainda assim, vale destacar que não existem empresas realmente pequenas com ações negociadas na bolsa de valores, até porque o processo de abertura de capital é caro, assim como a manutenção das exigências dos órgãos reguladores para poder estar no mercado de capitais.
Dessa forma, essas companhias apenas são pequenas quando comparadas com as maiores do mercado, mas não são empresas pequenas de fato. Prova disso é que existem muitos nomes conhecidos entre as small caps, como a empresa aérea Azul, o grupo educacional YDUQS (antigo Estácio), a agência de viagens CVC e a empresa de tecnologia Totvs.
Se quiser conhecer as principais small caps da bolsa, basta olhar o Índice Small Cap, que é uma carteira teórica de ações elaborada pela B3. A composição do índice é revista a cada 4 meses, mas em 24 de setembro de 2019, contava com papéis de 74 empresas. O site da B3 disponibiliza sempre a versão atualizada do índice, bem como a sua variação.
Quais são os riscos e as oportunidades que as small caps apresentam?
Já sabemos que as large caps são companhias mais consolidadas. Por isso, pelo menos na teoria seus resultados são mais previsíveis, assim como o comportamento das suas ações.
Como são mais maduras, não precisam reinvestir todo o lucro no próprio crescimento e podem pagar mais dividendos aos seus acionistas. Isso não quer dizer que não haja riscos, mas são sinais de uma previsibilidade maior.
Já as small caps têm menos tempo de mercado e ainda estão em forte crescimento. Seu desempenho depende muito mais da qualidade da gestão da empresa.
Veja, por exemplo, as empresas de varejo. Seus resultados estão fortemente ligados aos níveis de emprego e de renda da população, ao crescimento econômico do país e à disponibilidade de crédito no mercado.
É claro, porém, que a companhia pode — e deve — empreender esforços para aumentar seus lucros. Ela pode, por exemplo, criar suas próprias linhas de crédito, diversificar sua atuação ou abrir novos canais para atender o consumidor.
O mesmo ocorre com o setor imobiliário. É claro que esse mercado depende dos níveis de emprego e da concessão de crédito para financiamento, mas as diferentes estratégias explicam por que determinadas empresas alcançam o sucesso enquanto outras acabam até quebrando.
Tudo isso interfere nos resultados da empresa e, quem fizer as melhores escolhas, verá sua companhia alcançar o sucesso. Ainda assim, genericamente falando, as small caps tendem a ser mais voláteis do que as ações das empresas mais consolidadas.
O fato, porém, é que risco e retorno são duas variáveis que muitas vezes estão relacionadas. Assim, se por um lado a volatilidade representa mais chances de perder, por outro é uma oportunidade de ganhar mais, diversificando sua carteira de ações.
Justamente por serem mais voláteis, as small caps tendem a ter um beta alto, ou seja, uma variação (para cima e para baixo) maior do que a bolsa como um todo. Assim, se a bolsa sobe, a tendência é que essas ações subam mais ainda, e o mesmo é verdade para períodos de queda nos preços.
É preciso, porém, sempre entender quais são os riscos do investimento antes de fazê-lo. Assim você pode tomar decisões mais bem fundamentadas, inclusive a respeito dos riscos que está disposto a correr . Dessa forma, lembre-se de que não há garantia de retorno no mercado de renda variável.
Como investir em small caps?
É possível comprar diretamente as ações small caps de sua preferência assim como você faria com qualquer outro papel da bolsa, pela sua corretora de valores.
Agora, se você não quer ter o trabalho de fazer esse acompanhamento e se arriscar a escolher as ações, pode optar por investir em ETFs (Exchange Traded Funds), que são fundos de investimento cujas cotas são negociadas na bolsa de valores.
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Em geral, eles seguem a composição de um índice teórico, como o iShares BMFBovespa Small Cap Fundo de Índice (SMAL11), cuja carteira é idêntica à do Índice Small Cap.
A vantagem dessa opção é que, com uma única aplicação, você tem uma carteira com todas as ações do índice. O outro lado dessa escolha é que você abre mão da liberdade de selecionar quais ações vão fazer parte do seu portfólio e quando as comprar e vender.
Da mesma forma que ocorre com a compra direta de ações, as cotas dos ETFs são compradas na bolsa e, portanto, também é preciso fazer isso por meio de uma corretora de valores.
Agora você já sabe o que são small caps, as vantagens e os riscos que elas trazem e como fazer para investir nelas. Aproveite para disseminar o conhecimento e compartilhe-o nas suas redes sociais!