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Indicadores inconclusivos elevam indefinição sobre futuro da Selic

Indicadores inconclusivos elevam indefinição sobre futuro da Selic

A economia está esquentando ou esfriando neste início de 2020? Olhando apenas os indicadores, essa é uma pergunta difícil de responder.

A favor da tese de esfriamento, há várias notícias de que a inflação está perdendo fôlego. Na manhã desta sexta-feira (17), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Universidade de São Paulo, informou que os preços ao consumidor na capital paulista subiram 0,41 por cento na segunda quadrissemana de janeiro. Esse resultado ficou bem abaixo dos 0,78 por cento verificados na primeira quadrissemana do mês. Os preços do grupo Alimentação, que pressionou a inflação no fim de 2019, perderam velocidade. Sua variação desacelerou de 2,47 por cento para 1,4 por cento. A Fundação Getulio Vargas (FGV) também divulgou uma inflação mais branda nesta manhã. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,48 por cento na segunda quadrissemana de janeiro, abaixo dos 0,57 por cento na quadrissemana anterior.

A favor da tese de não-esfriamento há indicadores como o IBC-Br, considerada uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Divulgado pelo Banco Central (BC) na quinta-feira 16, o IBC-Br de novembro registrou um crescimento de 0,18 por cento. A expectativa do mercado ia de um decréscimo de 0,1 por cento até um avanço de 0,3 por cento.

Nesse cenário indefinido, aumentam as apostas no mercado sobre o que o BC vai fazer na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2020, marcada para os dias 4 e 5 de fevereiro. A edição mais recente do boletim Focus mostra que as apostas para a taxa Selic permanecem estáveis em 4,5 por cento ao ano. No entanto, os números do mercado mostram a indefinição.

A favor da alta está o comportamento dos juros no mercado futuro. Na quinta-feira (16) as taxas dos contratos de juros com vencimento em janeiro de 2021 subiram de 4,39 por cento ao ano para 4,45 por cento. As taxas dos contratos mais longos, para janeiro de 2023, avançaram de 5,56 por cento para 5,68 por cento.

Já o dólar subiu, sem que houvesse pressão do noticiário, tanto local quanto internacional. A moeda americana fechou a 4,193 reais, alta de 0,2 por cento em relação à véspera. Foi o fechamento mais elevado desde os 4,202 reais registrados no dia 4 de dezembro de 2019. Também foi o nono dia de alta nos 11 pregões de janeiro.

MUNDO – A economia chinesa cresceu 6 por cento no quarto trimestre, repetindo o desempenho do trimestre anterior, após ter se desacelerado na primeira metade do ano passado. O crescimento se estabilizou com a redução das tensões comerciais com os Estados Unidos… No acumulado de 2019, o país cresceu 6,1 por cento, abaixo dos 6,6 por cento de 2018. Mais tarde serão divulgadas informações importantes sobre a economia dos Estados Unidos. Como a produção industrial e as expectativas dos consumidores.

Não há sinais claros do que pode ocorrer com os juros. O comunicado do BC no mês passado foi inconclusivo sobre a continuidade ou não da queda dos juros. Roberto Campos Neto, presidente da instituição, fará uma palestra na Universidade de Miami nesta tarde. Pode ser um bom momento para fornecer uma luz para o mercado, já que Campos Neto vem defendendo a cautela na atuação do BC.

Neste cenário, o dia deve ser positivos para os ativos locais.

▲ A notícia é positiva para a Bolsa


* Esse conteúdo faz parte do nosso boletim diário: ‘E Eu Com Isso?’. Todos os dias, o time de analistas da Levante prepara notícias e análises que impactam seus investimentos. Clique aqui para receber informações sobre o mercado financeiro em primeira mão.

Leia também: IPCA de 2019 supera o centro da meta

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