Novos recordes com expectativas de corte de juros e acordo entre EUA e China

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A quarta-feira começa com uma expectativa positiva dos investidores com relação ao resultado da reunião do Federal Open Market Committee (Fomc), versão americana do Comitê de Política Monetária (Copom). A probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual nos Fed Funds, os juros referenciais americano, segue elevada, ao redor de 97 por cento.

Se confirmada, a decisão vai reduzir os juros americanos para a faixa entre 3,75 e 4,00 por cento, ante os atuais 4,00 a 4,25 por cento ao ano.

No entanto, os investidores estão esperando que, além disso, haja uma sinalização mais firme por parte do Federal Reserve (FED), o banco central americano, de que o corte de juros continue na reunião de dezembro e siga nessa toada pelo menos durante o início de 2026. Supondo-se que isso ocorra, os FED Funds encerrarão o 1T26 na faixa entre 3,25 e 3,50 por cento ao ano, uma “taxa terminal” (de fim de ciclo de ajuste) considerada menos restritiva.

E essa perspectiva é menos provável. O principal entrave para os investidores é a ausência de indicadores devido à paralisação (“shutdown”) do governo americano, que impede por exemplo o cálculo do índice de desemprego e atrasa a divulgação dos índices de inflação. Os únicos resultados divulgados, ainda que com atraso, são os índices de inflação – que mostram uma variação de 3,0 por cento nos 12 meses até setembro, uma leve queda em relação aos 3,1 por cento nos 12 meses até agosto, mas muito acima da meta de 2 por cento.

Por isso a expectativa com declarações anteriores de Jerome Powell, presidente do FED, que afirmou haver uma desaceleração no mercado de trabalho que justificaria o corte de juros. Espera-se que Powell forneça mais detalhes durante sua entrevista coletiva nesta tarde.

Além disso, os mercados seguem em alta pelo fato de as tensões comerciais entre EUA e China parecerem ter diminuído após as negociações no fim de semana. Donald Trump deve se encontrar com Xi Jinping na quinta-feira (30). O presidente americano disse em um discurso na Coreia do Sul, onde será o encontro, que acredita que será possível fechar um “grande acordo” entre os dois países.


E Eu Com Isso?

Tanto os principais índices americanos quanto o Ibovespa registraram recordes na terça-feira (28) devido à expectativa positiva de queda dos juros nos Estados Unidos e de uma distensão nas relações comerciais entre China e Estados Unidos. No entanto, o mercado segue estruturalmente volátil, e não se descarta um movimento de realização de lucros.

As notícias são positivas para a Bolsa em um cenário de volatilidade



Mercados com Rafael Bevilacqua



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