Após a Ânima Educação (ANIM3) anunciar que está em negociações avançadas para aquisição do CEUB (Centro Universitário de Brasília), a Yduqs (YDUQ3), segunda maior organização privada de ensino superior do país, também mostrou interesse na instituição, iniciando recentemente uma diligência para oferecer uma proposta de aquisição do CEUB.
O CEUB é um tradicional centro universitário de Brasília, com cerca de 14 mil alunos, sendo que entre estes, 750 são matriculados no curso de medicina, que representa as maiores mensalidades, de R$ 8,5 mil em média.
A Ânima já concluiu sua avaliação do ativo, sendo esperado que uma proposta seja colocada na mesa em breve.
Estima-se um valor de R$ 800 milhões para a CEUB, mas a transação também envolve um passivo tributário de cerca de R$ 100 milhões.
Como o Centro Universitário de Brasília é uma instituição sem fins lucrativos, a questão do passivo tributário torna a transação especialmente complexa, uma vez que há diferentes interpretações jurídicas para o valor que precisa ser pago.
E Eu Com Isso?
O interesse mostrado pela Yduqs (YDUQ3) em relação ao CEUB reforça o forte interesse do setor de educação pelo segmento de cursos de medicina, devido aos tickets mais elevados que tal segmento agrega.
Recentemente, a Ânima (ANIM3) adquiriu a Laureate Brasil, passando, assim, a ter quase 10 mil alunos matriculados no curso de medicina, o que a tornou a segunda maior instituição privada de medicina do país, atrás apenas da Afya, que hoje lidera esse mercado, contando com aproximadamente 15 mil alunos.
O curso de medicina é muito importante para as instituições de ensino, pois possuem alta mensalidade e alta margem, avaliando cada vaga atualmente perto de R$ 1,4 milhão, e o CEUB ainda pode abrir mais 50 vagas, além das 150 atuais.
Dessa forma, enxergamos impacto positivo nas ações da Yduqs (YDUQ3), que tem buscado liderar a área de medicina e para tanto, tem olhado várias instituições de ensino que são fortes nessa graduação.
Por fim, a Yduqs, grupo carioca dono da Estácio, possui 6,8 mil alunos matriculados em medicina, o que representa um crescimento de 63% se comparado com dois anos atrás
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