Segundo os investigadores da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, o presidente Jair Bolsonaro vinculou a troca do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro à proteção de sua família e amigos. A conclusão estaria clara no vídeo de reunião ministerial, ocorrida no dia 22 de abril, exibido, nesta terça (12), para as partes envolvidas no inquérito.
A avaliação de interlocutores é que o vídeo configura prova de interferência, confirmando o que Moro havia afirmado inicialmente em seu depoimento e complicando a situação do presidente na investigação que corre no STF. A gravação ainda não foi divulgada e vai depender da decisão do ministro Celso de Mello sobre a manutenção, ou não, de seu sigilo. O ministro não deve demorar muito mais para tomar uma decisão.
O revés para Bolsonaro contribuiu para queda da Bolsa no dia de ontem. Como disse no início da semana, o desenrolar das investigações poderia aumentar a instabilidade política e afetar o humor dos investidores. Novas notícias ainda podem afetar o Ibovespa até o fim da semana.
Com relação à suposta interferência, resta esperar a divulgação do vídeo.
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