Na noite da última sexta-feira (08), a Vibra Energia (BRDT3, antiga BR Distribuidora) anunciou a celebração de contratos que permitem a compra de até 50% da Comerc Participações, comercializadora de energia que estava em processo de abertura de capital (IPO). Dessa forma, o IPO não será mais realizado.
A operação consiste em dois aportes, sendo um primário e um secundário. No primeiro aporte, a Vibra já irá injetar R$ 2 bilhões para subscrever debêntures conversíveis em ações ordinárias da Comerc, representando 30% do seu capital social. Com vencimento de 4 anos, as debêntures devem ser convertidas em ações até o dia 28 de fevereiro de 2022.
Já o segundo aporte é secundário, ou seja, não entra no caixa da companhia e se dará por opções de compra de até 20% do capital da Comerc vendidas por seus sócios ao preço de R$ 1,25 bilhão. O exercício das opções deve ser realizado juntamente com a subscrição das debêntures no início de 2022.
Além disso, o valor pago aos sócios ainda pode aumentar dependendo do atingimento de metas de desempenho de longo prazo e da implantação de capacidades adicionais às previstas no plano de negócios da companhia.
Sem o earnout, o valor pago pela Vibra por 50% da Comerc totaliza R$ 3,25 bilhões, avaliando a empresa em R$ 6,5 bilhões, valor acima do que sairia no IPO.
Comum nesse tipo de operação, a conclusão ainda depende do aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Em relação à Comerc, a companhia é uma das principais comercializadoras de energia do país, com empresas que atuam principalmente na comercialização, gestão de energia para consumidores livres, geradores e pequenas distribuidoras e soluções de eficiência energética.
Atualmente, a companhia comercializa aproximadamente 2 GW médios com mais de 3,4 mil unidades consumidoras sob gestão.
E Eu Com Isso?
A operação é positiva para a Vibra, em linha com sua estratégia de privilegiar a transição energética para uma economia de baixo carbono, visando se tornar uma empresa integrada de energia.
A operação deve trazer boas sinergias entre as companhias, que possuem atualmente negócios com competências complementares.
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