Levante Ideias - Natal

Vestuário e alimentos são destaques nas vendas de Natal

Assim como aconteceu com as vendas da Black Friday deste ano, as compras de Natal tiveram um avanço mais tímido em relação à 2020, com o consumidor brasileiro sentindo os efeitos da inflação. Com a diminuição do seu poder de compra, o consumidor comprou mais itens de vestuário, perfumaria e alimentos, categorias estas que ganharam destaque nas vendas de final de ano.

Segundo a empresa de análise da dados Neotrust, no período de 10 a 25 de dezembro, as vendas online atingiram um faturamento de R$ 6,6 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 17,9% em relação ao mesmo período de 2020, quando o faturamento atingiu R$ 5,6 bilhões. O crescimento real, descontando a inflação de 10,42%, foi de 7,5% no período, demonstrando o desempenho bem mais fraco que a forte alta das vendas do Natal de 2020, quando estas apresentaram uma forte alta de 69,7% em relação à 2019.

O arrefecimento do crescimento das vendas online reflete ainda a reabertura das lojas físicas, passado o período mais crítico da pandemia, visto que no ano passado, o funcionamento das lojas em horário reduzido impulsionou as vendas online.

Apesar do volume de pedidos ter aumentado 18% em relação ao registrado no Natal de 2020, o ticket médio recuou de 0,8%, para R$ 412. Além de produtos de moda e perfumaria, que ficaram em primeiro e segundo lugar respectivamente, em volume de vendas, o segmento de alimentação saiu do oitavo lugar em 2020 para a terceira posição neste ano. Já em faturamento, os segmentos de telefonia e eletrodomésticos lideraram as vendas online, e os eletrônicos perderam a terceira posição para a categoria de moda e acessório que subiu de posição.

E Eu Com Isso?

Analisando os dados divulgados pela Neostrust podemos observar, na prática, o que vínhamos falando sobre a mudança natural de comportamento do consumidor brasileiro com menor poder de compra, com a inflação pressionando negativamente as vendas de final de ano, o que fez com que a categoria de alimentos e outras de ticket médio mais baixo, como a categoria de vestuário tivessem maior participação nas vendas.

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Leia também: Black Friday fraca leva varejo a apostar no Natal.

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