Nesta terça-feira (21), a holding Ultrapar (UGPA3), controladora de grandes operações como Ipiranga e Ultragaz, sediou o evento “Encontro com Liderança” – Am/Pm, para apresentar os projetos implementados e os planos futuros para a maior rede de lojas de conveniência do país, com mais de 1800 lojas espalhadas pelo Brasil.
A Am/Pm faturou em 2020 cerca de R$ 1,7 bilhão, mais que a rede de drogarias Extrafarma, vendida à PagueMenos (PGMN3).
A Ultrapar tem se dedicado na renovação e melhorias amplas na rede de conveniência de modo que a marca opere de maneira independente da Ipiranga.
A cisão completa está prevista para o fim de 2021 e já foram implementadas uma integração com o app próprio e experiência digitalizada, consultoria de franquia dedicada à marca, implementação de reformas e food service no novo formato, além de uma gestão e conselho consultivo inteiramente dedicado para o desenvolvimento da marca.
A Ultra pretende alcançar um faturamento de R$ 4 bilhões a R$ 5,5 bilhões com a Am/Pm nos próximos 5 anos.
E Eu Com Isso?
A Ultrapar muda o foco de sua loja de conveniência passando de um adicional para agregar valor a seus postos para uma operação totalmente independente, com desenvolvimento de um formato já muito popular nos países desenvolvidos como os EUA e Japão, onde as lojas de conveniência são um ponto de parada obrigatório para uma refeição rápida e compras de emergência.
A mudança de abordagem parece começar a dar frutos, com diversas lojas já reformuladas e com faturamento 15% maior que o formato antigo, segundo a apresentação da companhia.
O novo formato engloba 3 variações, com 2 delas incluindo a padaria. Na versão mais completa o food service no local.
Enxergamos pouco impacto nos preços das ações no curto prazo (UGPA3), pela baixa relevância nos resultados, porém enxergamos com bons olhos a mudança de abordagem para a marca de lojas de conveniência.
O plano de expansão parece bem estruturado envolvendo uma área de pesquisa e desenvolvimento de franquias dedicada, maior penetração de produtos de marca própria nas lojas (margem bruta 5% a 10% superior) e construção de mais 2 Centros de Distribuição para atendimento melhor no Centro-Oeste e Nordeste.
A companhia estima um potencial de abertura de 200 a 300 novas lojas por ano e pretende alcançar um índice de 70% de lojas já reformuladas com o novo formato apresentado nos próximos 5 anos.
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