O conglomerado Facebook (FB) apresentou, nesta terça-feira (02), após o fechamento dos mercados, os seus resultados do quarto trimestre e o fechamento anual. Os números vieram regulares, com receita levemente acima do esperado, margens e lucro líquido um pouco abaixo das expectativas e um guidance para 2022 pouco animador em algumas linhas e positiva em outras.
A receita líquida foi de US$ 33,7 bilhões, crescimento de 20% na comparação anual e cerca de 1% acima das expectativas. O resultado foi impulsionado pelo acréscimo de 15,4% na receita de anúncios e queda de 11,9% na linha de “outros”. A linha recém apartada de receita chamada Reality Labs (produtos de hardware e software para realidade aumentada e virtual), tem demonstrado que a separação foi acertada crescendo 57%. A base de usuários ativos também cresceu.
O resultado operacional medido pelo EBIT foi de US$ 12,6 bilhões, queda de 1,5% ano contra ano. A margem operacional contraiu de 46% para 37%. O lucro por ação foi de US$ 3,67, abaixo de 4,2% nas estimativas, que giravam na casa dos US$ 3,83 por ação.
Guidance: a companhia anunciou que espera uma receita no primeiro trimestre de 2022 de US$ 27 bilhões – US$ 29 bilhões, o que representa 3%-11% acima do visto em 2021, impulsionados pelos preços e app como o Reels. Para o ano, a empresa aguarda uma despesa na ordem de US$ 90 bilhões – US$95 bilhões, apresentando uma melhora do previsto anteriormente que beirava US$ 91 bilhões – US$ 97 bilhões. Os gastos com investimentos (CapEx), o Meta prevê um valor de US$ 29 bilhões a US$ 24 bilhões que servirão para melhorias em datas centers, servidores, infraestrutura e outros.
E Eu Com Isso?
Embora o resultado não tenha sido empolgante, enxergamos que alguns drivers permanecem intactos no longo prazo, como exemplo podemos citar a receita do metaverso e inteligência artificial que fazem parte da receita de Reality Labs que atingiram US$ 877 milhões contra 558 milhões no 4T20.
Em linhas gerais, empresas de crescimento (growth) sacrificam uma compressão de margens e até redução do mesmo e do lucro no curto prazo, em prol de um crescimento acelerado no futuro. Desta forma, apesar do impacto negativo no curto prazo no preço das ações do Meta (FB), acreditamos que o Facebook continuará sua trajetória de crescimento no longo prazo.
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