A Rumo (RAIL3) divulgou na noite desta quinta-feira (12), após o fechamento de mercado, os seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2021. Seus números vieram bons, com leve contração no ano contra ano devido a efeitos não recorrentes, porém em linha com as expectativas.
A companhia reportou um aumento de seu volume transportado total, com um crescimento de 9,1% em relação ao mesmo período no ano anterior, totalizando 17,9 bilhões de TKU.
Esse aumento foi impulsionado principalmente devido a recuperação dos volumes de produtos industriais e contêineres, que cresceram respectivamente 35,2% e 32,8%.
Na operação sul, o destaque foi a recuperação do segmento industrial, com alta de 40% no ano contra ano, e os volumes de açúcar, com alta de 29% na comparação anual.
Na operação norte, foi destaque positivo também o desempenho de açúcar, com alta de 38% no ano contra ano, e farelo de soja, com alta de 20%.
Como destaque negativo, ressaltamos o menor volume de milho no trimestre, com recuo de 68% no ano contra ano.
Assim, sua receita operacional líquida apresentou expansão de 21,2% na comparação anual, atingindo R$ 2,2 bilhões no 2T21, em linha com o esperado.
Ademais, o Ebitda da companhia exibiu um recuo de 1,7% no ano contra ano, atingindo R$ 1,2 bilhão. Sua margem também apresentou retração, recuando em 12,6 pontos percentuais no ano contra ano, registrando 54,0% no trimestre.
Desconsiderado os efeitos não recorrentes da renovação da Malha Paulista, no entanto, a linha avançou em 31,7%.
Por outro lado, quando analisamos a margem Ebitda da operação norte, verificamos uma retração de 22 pontos percentuais no ano contra ano devido aos maiores custos de combustível no período.
Já, ao analisarmos a operação sul, verificamos um aumento de 21 pontos percentuais na comparação anual, atingindo 39% no trimestre, devido a uma maior alavancagem operacional.
O lucro líquido apresentou contração, recuando em 22,4% no ano contra ano, registrando R$ 314 milhões no trimestre.
Desconsiderado os efeitos não recorrentes da renovação da Malha Paulista, no entanto, a linha apresentou crescimento de cerca de R$ 190 milhões.
Além disso, em termos de alavancagem, a companhia atingiu uma dívida líquida no 2T21 de R$ 8,2 bilhões e sua relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado (últimos 12 meses) foi de 2,1 vezes, um patamar confortável em relação ao seu covenant de final de ano, de 3,0 vezes.
No tocante aos seus investimentos, seu capex atingiu R$ 1,0 bilhão, em linha com seu planejamento, refletindo a estratégia de maior concentração de investimentos de expansão neste trimestre, de modo a viabilizar a operação da Malha Central.
E Eu Com Isso?
Os números da Rumo vieram bons, com leve contração no ano contra ano devido a efeitos não recorrentes, porém em linha com as expectativas.
Dessa forma, esperamos um impacto neutro no preço de suas ações (RAIL3) para o curto prazo.
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