A Cemig (CMIG4) apresentou, nesta segunda-feira (16), após o fechamento de mercado, seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2021. Os números vieram acima das expectativas em suas principais linhas de receita líquida, EBITDA e lucro líquido.
A companhia apresentou um aumento de 15,5% no ano contra ano em sua receita com fornecimento bruto de energia elétrica, registrando R$ 6,8 bilhões no trimestre.
A parcela vendida a consumidores finais representou R$ 6,2 bilhões, um acréscimo de 18,6% na comparação anual da linha.
A alta ocorreu devido ao aumento no volume de energia vendida no período – de 10,7 milhões de MWh no 2T21 contra o aumento de 9,4 milhões de MWh no 2T20 – impulsionada pelo aumento de venda aos clientes industriais (+36%), rurais (+19,9%) e residenciais (+4,1%).
Em relação à receita de transmissão da Cemig CT e Centroeste, esta é constituída pela soma das receitas de construção, reforço, melhoria, operação e manutenção, previstas nos contratos de transmissão que estabelecem as RAPs (Receitas Anuais Permitidas).
Nesse contexto, como destaque positivo para o período, evidenciamos o aumento de 23,6% na receita de operação e manutenção da companhia no ano contra ano.
Além disso, destacamos o aumento de 220,3% na receita de remuneração financeira do ativo de contrato da transmissão devido à revisão tarifária periódica homologada pela Aneel em 30 de junho de 2020 e 30 de dezembro de 2020.
No tocante à receita de fornecimento de gás, a companhia exibiu um aumento de 107,9% da linha, com a alta decorrendo, basicamente, do aumento de 85,7% no volume de gás vendido no período.
Quando comparado ao 1T21, o aumento de volume vendido foi impulsionado pelo segmento industrial (+4,1%) e GNV (+14,5%).
O EBITDA (medida de lucro antes da contabilização de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado ajustado da empresa exibiu uma alta de 39,2% no ano contra ano, reportando R$ 1,3 milhões no período, acima das expectativas.
Sua margem também apresentou expansão, avançando em 0,71 ponto percentual no trimestre.
Ademais, analisando seu lucro líquido, observamos um aumento de 80,0% no ano contra ano em sua linha, registrando R$ 1,9 bilhão no 1T21.
Como principal fator atribuído à alta, destacamos os ganhos referentes à repactuação do risco hidrológico (contratação de seguro contra o risco hidrológico GSF e a liquidação desses passivos por parte das elétricas) da companhia, que somaram um montante de R$ 909,6 milhões.
E eu com isso?
A companhia entregou bons resultados operacionais no trimestre, com seus números registrando valores acima das expectativas.
Dessa forma, esperamos uma reação positiva no preço das ações da companhia (CMIG3/CMIG4) para o curto prazo.
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