O Carrefour (CRFB3) divulgou nesta segunda-feira (27/jul), após o fechamento do mercado, os seus resultados referentes ao 2T20. Os números vieram bons, acima do esperado, com forte desempenho das linhas de vendas, receita e lucro líquido.
O principal destaque positivo foram as suas vendas brutas desconsiderando o banco e os postos de gasolina, cujo total foi 17,2 bilhões de reais, expressando um aumento de 14,9 por cento de Vendas Mesmas Lojas (SSS) na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os destaques negativos foram os resultados apresentados pelo Banco Carrefour, pressionado pelas provisões e aumento de créditos vencidos a mais de 90 dias e o impacto negativo dos aluguéis de galerias (diminuição de recebimento de aluguéis devido ao COVID-19) e postos de gasolina (diminuição de vendas devido ao COVID-19) no resultado consolidado.
O crescimento nas vendas e alavancagem operacional foram mais do que suficientes para garantir um bom resultado na última linha, com lucro líquido atingindo 729 milhões de reais.
O resultado do Carrefour foi bom e levemente acima do esperado. Com isso, esperamos impacto positivo das suas ações (CRFB3) no curto prazo.
No ano, as ações CRFB3 recuam 10,74 por cento, desempenho um pouco superior ao do Ibovespa que apresenta perdas de 11,8 por cento.
As vendas brutas totais cresceram 18,3 por cento em comparação ao mesmo trimestre de 2019, com destaque para o sólido resultado no segmento multiformato do Grupo (lojas Carrefour) que apresentaram um forte crescimento de 30 por cento. Esse crescimento, 4,8 bilhões contra 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2019, foi impulsionado pelo crescimento de vendas na mesma loja de 27,3 por cento.
O segmento atacarejo do grupo (Atacadão) apresentou também um bom resultado, com crescimento de 13,5 por cento, para 11,78 bilhões contra 10,38 bilhões no segundo trimestre de 2019, e é dividido em duas partes, com o crescimento de vendas nas mesmas lojas (same store sales) atingindo 8,6 por cento e o crescimento de expansão sendo responsável por 6,2 por cento.
No segundo semestre a rede inaugurou uma loja que está localizada no Nordeste. O resultado foi bom, ainda mais se levarmos em conta que a companhia decidiu por não realizar o “Dia A” evento promocional que ano passado foi responsável por gerar 1 bilhão de reais em vendas. Importante ressaltar que as lojas que foram adquiridas do grupo Makro ainda não estão integradas no resultado pois a consolidação ainda está pendente de aprovação dos órgãos reguladores, a expectativa da companhia é que as lojas sejam integradas no segundo semestre.
Ao levarmos em conta o crescimento do canal digital tivemos expansão, com as vendas brutas (GMV) subindo 94,1 por cento, impulsionado pelo crescimento de venda de produtos de terceiros no Market place, que teve crescimento de 158,6 por cento quando comparado com o mesmo trimestre de 2019.
As margens dos negócios de varejo, foram impactadas positivamente pelo aumento de suas vendas e diluição das despesas, com a margem Ebitda do Atacadão atingindo 8,1 por cento, aumento de 1 p.p quando comparado ao mesmo trimestre de 2019. No multiformato, mesmo levando em conta os impactos de postos e galeria, tivemos uma margem Ebitda de 8,1 por cento com crescimento de 2,8 p.p.
Por fim, seu lucro líquido veio acima do esperado e fechou o 2T20 em 729 milhões de reais, contra um prejuízo de 427 milhões em 2T19.
E para finalizar a companhia aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor de 428 milhões, ou 0,2428 reais por ação ON, o valor será pago de acordo com a posição acionário do dia 21 de agosto. O retorno líquido do provento (JCP) é de 0,96 por cento.
O pagamento será dividido em duas parcelas sendo a primeira creditada no dia 25 de setembro e a segunda dia 23 de novembro.
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