A Adidas apresentou nesta sexta-feira (7), antes da abertura do mercado na Europa, os seus resultados do primeiro trimestre do ano de 2021. Os números vieram fortes, com destaque especial para o crescimento da receita acima do esperado.
A receita líquida foi de 5,2 bilhões de euros, crescimento de 20,2 por cento e desconsiderando as oscilações cambiais, o crescimento foi de 27 por cento. O principal destaque em termos de categorias, de acordo com o relatório de resultados, foi a de calçados. Na avaliação regional, o desempenho na Grande China foi diferenciado, com crescimento do top-line de 156 por cento.
Margens: a margem bruta teve uma leve melhora, passou de 49,7 por cento para 51,8 por cento. A margem operacional, por sua vez, saltou de 1,1 por cento para 13,4 por cento. A companhia creditou a melhora aos ganhos de eficiência na gestão de custos, melhor gestão de estoques e melhora de mix, além de uma queda nas despesas de marketing e gerais como percentual da receita (alavanca operacional).
O lucro líquido foi de 554 milhões de euros, bem acima dos 26 milhões de euros do 1T20. Considerando o lucro por ação, o resultado foi 2,60 euros, acima do esperado, que girava em torno dos 2 euros.
E Eu Com Isso?
O resultado da Adidas veio bom, acima do esperado. As ações ADS.DE, negociadas na bolsa de Frankfurt na Alemanha, saltaram mais de 8 por cento durante a sessão desta sexta-feira (7).
Além do forte resultado, entendemos que o mercado apreciou a revisão do guidance mais otimista da Adidas para 2021. A companhia espera crescimentos de dígito duplo ao longo do ano. Especificamente no 2T21, a Adidas espera crescimento de 50 por cento nas receitas. A margem bruta e margem operacional tem como “meta” os 52 por cento e os 9~10 por cento no ano, respectivamente. A Adidas aposta nos seus lançamentos de produtos inovadores e na volta dos grandes eventos esportivos, como a UEFA Euro e a Copa América.
Desempenho por região (em moeda neutra): Europa, Oriente Médio e África (EMEA) teve receitas de 1,7 bilhão de euros, crescimento de 7,6 por cento; América do Norte, 1,1 bilhão de euros e crescimento de 8,1 por cento. A Grande China foi um destaque à parte: 1,4 bilhão de euros, crescimento de 156 por cento. O restante da Ásia cresceu 3,9 por cento e a América Latina, 18 por cento. Estes dois últimos são menos relevantes no mix regional.
Acreditamos que o principal catalisador das ações da Adidas é o comprimento do guidance, que, sobremaneira, depende do sucesso no processo de reabertura do comércio na Europa. Aproximadamente um terço das receitas da companhia são oriundas da região.
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