O super pacote de medidas, apelidado de Pró-Brasil, anunciado durante a semana passada e previsto para essa terça-feira, foi adiado por falta de consenso sobre alguns pontos importantes. Por ora, o anúncio de medidas no dia de hoje ficará restrito ao Casa Verde-Amarela, programa formulado para substituir o Minha Casa, Minha Vida.
O presidente Bolsonaro quer dar o pontapé inicial na marca social sobre sua gestão com o Casa Verde-Amarela. Segundo números do Planalto, a meta é inserir um milhão de brasileiros no sistema habitacional, com foco na região Norte e Nordeste.
A cerimônia de lançamento do Pró-Brasil, prevista para essa terça, às 16h, foi cancelada. O “Big Bang Day”, como vinha sendo chamado por quadros da equipe econômica, deve ficar para a semana que vem – com sorte, para o fim desta semana. Os motivos que levaram ao adiamento são técnicos e também políticos. Em primeiro lugar, ainda não se chegou a um consenso quanto ao valor do benefício do Renda Brasil (programa de distribuição de renda). Outro motivo é que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo ainda precisa passar por uma revisão técnica antes de ser encaminhada ao Congresso. E, além disso, foi feito um diagnóstico de que seria melhor entregar o super pacote antecipadamente para as lideranças partidárias, para evitar desgastes políticos.
Em termos práticos, o adiamento do Pró-Brasil não deve trazer prejuízo para os ativos no pregão desta terça-feira. O efeito “Big Bang”, porém, perde força e ficará para outro pregão, em um futuro próximo. Investidores devem ficar no aguardo de mais informações sobre o pacote e na expectativa de que o governo reafirme seu compromisso com o caminho das reformas.
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