O governo planeja desestatizar até oito empresas em 2021. Esse é o planejamento divulgado pela equipe econômica nesta quarta (2), após reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), órgão responsável por acompanhar o processo de privatização e venda de ativos governamentais.
Na lista de empresas a serem privatizadas, estão: Emgea, Ceasaminas, Porto de Vitória (Codesa), Nuclep, Trensurb, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Correios e Eletrobrás. A secretária do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, afirmou que o texto da privatização dos Correios deve chegar ao Congresso nos próximos dias. No caso da Eletrobrás, a estratégia será efetuar a capitalização da Companhia – com expectativa para iniciar esse processo no quarto trimestre do ano que vem. Lembrando que todas as empresas citadas acima precisam do aval do Congresso para serem vendidas.
Para 2022, o governo pretende avançar com a venda de mais três companhias (Serpro, Dataprev e Telebrás), além da liquidação da Agência Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF). Esse planejamento, inclusive, ocorre após Paulo Guedes e outros membros importantes da equipe econômica se queixarem, publicamente, que a agenda de privatizações permaneceu praticamente parada nesses dois anos.
E Eu Com Isso?
O anúncio das intenções de privatização do governo serviu para renovar os ânimos dos investidores, impulsionando alta significativa nas ações da Eletrobras (ELET3 e ELET6) no pregão de ontem. Ainda temos (desde 2019), porém, uma visão um pouco mais conservadora no que se refere às privatizações: por ser um tema bastante delicado politicamente, acaba sendo muito difícil o avanço legislativo da venda de grandes empresas. Nesse contexto, também vale considerar outros fundamentos na hora de investir em estatais.