Nesta quinta-feira (18), foi revelado que os órgãos de trânsito estão investigando um acidente envolvendo um carro “Modelo Y” da Tesla (TSLA). O recurso avançado de direção autônoma (Autopilot) do veículo estaria acionado no momento da colisão, que envolveu também um carro de patrulha de trânsito local.
Este acidente se adiciona a outras três investigações recentes envolvendo os veículos da companhia e seus recursos tecnológicos de direção, que seguem em amplo debate sobre a sua segurança, confiabilidade e responsabilidade em diversos casos.
E Eu Com Isso?
Parte da tese de investimento em Tesla está associada aos diferenciais competitivos e a tecnologia embarcada nos seus carros elétricos. Normalmente, quando ocorrem acidentes e questões regulatórias envolvendo a companhia, o mercado reage mal à notícia.
Nesta quinta-feira, as ações da Tesla (TSLA) já indicam uma pré-abertura em queda acima de 2 por cento, o que deve culminar em um desempenho abaixo dos índices de tecnologia e crescimento nos Estados Unidos.
Evidentemente, nenhum acidente vem em “momento bom”. Nos casos recentes, contudo, há o agravante de que a companhia havia acabado de disponibilizar atualizações nos seus softwares, chamada de “full self-driving” com direito inclusive à menção de Elon Musk no Twitter sobre zero acidentes.
Um ponto crucial nas discussões é o grau de comprometimento da atenção dos motoristas ao acionarem os modos de direção autônoma. Os mais críticos alegam que ela acaba sendo afetada, podendo causar acidentes. Os mais otimistas acreditam que, na margem, a direção autônoma é capaz de reduzir o número de acidentes em estradas.
A tecnologia avançada de assistência ao motorista não é rigidamente regulamentada nos EUA. Por exemplo, não há padrões federais mínimos para muitas das técnicas que as empresas usam para monitorar a atenção do motorista, de acordo com o National Transportation Safety Board.