O avanço da vacinação no Brasil tem contribuído para o retorno às atividades sociais e, consequentemente, impulsionado as vendas do varejo de moda. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 77,3% da população brasileira está vacinada com ao menos uma dose, 65,6% por cento da população está vacinada com o primeiro ciclo vacinal completo e 10% da população com a dose de reforço.
Voltando ao último trimestre de 2020, o varejo vendeu 5,5 bilhões de peças de roupas, calçados e acessórios, abaixo dos 6,4 bilhões vendidos em 2019. Segundo estimativas do instituto de pesquisas Inteligência de Mercado (IEMI), deve haver um aumento de volume de cerca de 15% nas vendas, somando um volume na casa de 6,3 bilhões, mesmo com vendas mais tímidas na Black Friday deste ano, com o mercado apostando nas vendas de Natal.
Em relação às vendas no e-commerce brasileiro na Black Friday 2021, estas apresentaram alta no faturamento de cerca de 5% em relação à 2020, totalizando R$ 4,2 bilhões, segundo dados divulgados pela NielsenIQ Ebit e Neostrust.
O tráfego em lojas físicas subiu 1,6% na Black Friday, sendo considerado ainda um percentual tímido em relação à base fraca de 2020, quando as lojas estavam fechadas. Era esperado um tráfego de 5% a 10% na comparação com o ano anterior. Na comparação com 2019, a retração na circulação foi de 47,2%.
E Eu Com Isso?
O cenário de volta ao trabalho presencial e às salas de aula, somado ao aumento natural das vendas observadas no 4T21 por conta da Black Friday e Natal, gera uma expectativa positiva para o varejo de moda no último trimestre do ano, mesmo com um cenário macroeconômico desfavorável para o setor.
A demanda reprimida pelas compras de itens de vestuário é outro fator que contribui com essa estimativa, já que para grande parte das famílias não houve festas de Natal e final de ano em 2020 por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
Dessa forma, as estimativas são positivas para as empresas do setor de varejo de vestuário no 4T21, como Lojas Renner (LREN3), Guararapes (GUAR3) controladora da Riachuelo, Marisa (AMAR3), C&A (CEAB3) e Soma (SOMA3), sendo esta última voltada para um público mais alta renda.
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